Estado da Nação. Governo quer atrair companhias low cost para operar no país
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Estado da Nação. Governo quer atrair companhias low cost para operar no país

Discurso do primeiro-ministro mais virado para o futuro, tentou sobretudo destacar "o notável progresso" do país na recuperação do turismo após crise pandémica e relançar as esperanças num dos sectores mais críticos da sua administração: os transportes marítimos e aéreos. As operadores low cost surgem como "diversificação da oferta" no transporte aéreo, alternativa que poderá trazer tarifas mais acessíveis aos cabo-verdianos,

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, destacou hoje no parlamento, durante o debate sobre o Estado da Nação, o “notável” progresso alcançado pelo país na recuperação do sector do turismo após a crise provocada pela pandemia da covid-19.

Segundo o chefe do Governo, o turismo foi o sector mais afectado pela pandemia, porém, “surpreendentemente”, também foi o que “mais rapidamente” conseguiu se recuperar.

“O turismo recuperou para níveis superiores ao período antes da pandemia: 836 mil turistas em 2022”, disse, estabelecendo uma meta para o futuro do sector: alcançar 1,2 milhões de turistas até o ano 2026.

Ulisses Correia e Silva enfatizou ainda que o Governo continuará a investir na qualificação dos destinos turísticos de Sal e Boa Vista, bem como na promoção das outras ilhas como destinos alternatvos, valorizando as suas especificidades únicas.

No que diz respeito ao sector de transportes aéreos, o líder do Governo reconheceu os impactos devastadores que a pandemia teve sobre as companhias aéreas em todo o mundo, mencionando o golpe sofrido pela TACV em Cabo Verde.

“A empresa está-se a recuperar e a relançar a actividade. Um segundo avião, Boeing 737 Max 8, chegou ao país. Reforça a capacidade da empresa para a retoma das rotas Paris, Boston e Fortaleza. Vamos continuar a apostar na nossa companhia de bandeira”, anunciou.

Ulisses Correia e Silva também abordou a importância de diversificar as opções de transporte aéreo, trabalhando para atrair companhias low-cost para o país, a fim de oferecer alternativas de bilhetes a preços mais acessíveis.

Outro ponto destacado pelo primeiro-ministro foi a concessão da gestão dos aeroportos, um projecto que, disse, já está em andamento.

“Para além dos investimentos, pretende-se ter maior fluxo de aeronaves e passageiros, maior rendimento comercial dos aeroportos, maior promoção de Cabo Verde enquanto destino turístico e destino de investimento, com impacto positivo no crescimento da economia e no emprego”, disse.

No campo dos transportes marítimos interilhas, Ulisses Correia e Silva destacou os avanços conquistados após a concessão. Segundo ele, a regularidade, a previsibilidade e as frequências das ligações marítimas aumentaram significativamente.

O primeiro-ministro reiterou o compromisso de investir em barcos sustentáveis e adequados às condições do mar, buscando melhorar tanto o transporte de pessoas quanto o de bens e mercadorias.

“Com os investimentos previstos para aumentar a frota com barcos sustentáveis e adequados aos nossos mares, a qualidade de serviço irá melhorar quer nos transportes de pessoas, quer de bens e mercadorias”, acrescentou.

* Com Inforpress

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