O Governo está, “neste momento, a trabalhar” com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), com vista a conseguir “uma aliança estratégica” com este organismo militar intergovernamental, reafirmou o ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares.
Luís Filipe Tavares, que esteve, esta sexta-feira, em Santo Antão, onde presidiu ao acto central das comemorações dos 26 anos da Guarda Costeira de Cabo Verde, explicou que a aliança estratégica com a NATO tem o propósito de “garantir mais e melhor segurança” ao arquipélago.
“Como disse, e bem, o primeiro-ministro, estamos, neste momento, a procurar uma aliança estratégica com a NATO. Tudo isso, para garantirmos mais e melhor segurança a Cabo Verde”, sublinhou o ministro da Defesa, que avançou que o Governo tem estado, também, a estabelecer parcerias com países amigos para enfrentar os desafios que se colocam às Forças Armadas.
No caso da Guarda Costeira Nacional, o Ministério da Defesa, explicou Luís Filipe Tavares, está a “trabalhar” na materialização do plano de desenvolvimento estratégico (2017/2027) desse ramo das Forças Armadas, através de parcerias com o Brasil e Portugal, países que se fizerem representar nestas comemorações, através de representações militares.
Igualmente, Cabo Verde acaba de assinar com a França um protocolo de intenções para a realização, já a partir de 2020, de acções ligadas à segurança marítima em Cabo Verde, informou o governante, realçando, também, a importância, nesse domínio, dos acordos militares existentes com os Estados Unidos da América (EUA) e com a Itália.
As Forças Armadas de Cabo Verde têm “imensos desafios pela frente”, segundo o ministro, que anunciou “para o próximo ano” a entrada em “pleno funcionamento” do novo estatuto dos militares, instrumento que, a seu ver, “vai mudar a vida dos soldados” nas três regiões militares”.
“Para o ano, teremos o novo estatuto dos militares em pleno funcionamento, que vai mudar a vida dos saldados”, notou o ministro Luís Filipes Tavares, que encorajou os jovens cabo-verdianos a “abraçarem o serviço militar”, já que o Governo, assegurou, está a trabalhar para conferir “maior dignidade” à carreira militar.
A realização do acto central das comemorações do vigésimo sexto aniversário da Guarda Costeira na cidade do Porto Novo, conforme o ministro da Defesa, responde a um dos objectivos das Forças Armadas de estarem mais próximos das populações.
O titular da pasta da defesa aproveitou a cerimónia, realizada a bordo do navio de patrulha Guardião, para “louvar” a Guarda Costeira, a Chefia do Estado Maior das Forças Armadas e o Conselho Superior de Comandos pelo “excelente trabalho que têm realizado em prol das Forças Armadas e da dignificação do Estado de Direito”.
No dia em que a Guarda Costeira assinalou 26 anos da sua criação, o porto do Porto Novo recebeu os navios patrulhas Guardião, Badejo e Ponta Nhô Martinho, que foram visitados pelos estudantes e populares, no geral.
O município do Porto Novo recebeu, durante mais de uma semana, várias actividades enquadradas no programa comemorativo dos 26 anos da Guarda Costeira, com destaque para uma visita de uma equipa médica (um clínico geral, um ortopedista e um pediatra) a Tarrafal de Monte Trigo para atendimento às pessoas dessa localidade.
Ao longo desses dias, foram ainda realizadas palestras nas escolas no concelho do Porto Novo sobre a importância do mar para Cabo Verde e as missões da Guarda Costeira.
Com Inforpress
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