Reforçar a cooperação global para proteger o futuro dos oceanos
Ambiente

Reforçar a cooperação global para proteger o futuro dos oceanos

O painel inaugural da IV Conferência da Década do Oceano lançou um debate global e apelou ao reforço da cooperação internacional tendo o oceano como eixo. É preciso reforçar a cooperação global para proteger o futuro dos oceanos - foi o apelo lançado por Ibukun Adewumi.

No seu primeiro dia a IV Conferência da Década do Oceano, promovida pela Presidência da República, arrancou com um painel inaugural sobre “O Futuro dos Oceanos: Conhecimento, Ciência Aberta e Cooperação Global para a Sustentabilidade”, conduzido pelo Diretor do Secretariado da Subcomissão da UNESCO/COI para a África e Estados Insulares Adjacentes (COI/ÁFRICA), vindo de Nairobi, Quénia.

Ibukun Adewumi destacou que a cooperação internacional é essencial para garantir a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos, alertando para a escassez de confiança entre nações e a urgência de transformar discursos em ações concretas.

O responsável do COI/ÁFRICA, recorreu a imagens da tempestade de agosto em São Vicente para ilustrar a força da natureza e a necessidade de políticas públicas integradas.

Oceano conecta todas as economias

Ibukun Adewumi defendeu que o conhecimento deve ser a base das decisões, apelou à inclusão de todos na construção de soluções e sublinhou a importância de apoiar a pesca artesanal.

Adewumi reforçou que o oceano conecta todas as economias e que iniciativas de grande escala estão em curso no âmbito da Década do Oceano.

O apelo final foi claro: é preciso reforçar a cooperação global para proteger o futuro dos oceanos.

Ações que transformam oceanos e impactam comunidades

​Na parte da tarde deste primeiro dia da Conferência da Década do Oceano, os trabalhos iniciaram-se com o segundo painel de debate, sob o tema “Ciência Encontra a Sociedade – Exemplos de Cooperação Internacional Atendendo às Necessidades Locais / Resultados das Expedições Científicas 2025”, que foi moderado pela professora Vera Alfama, geóloga e investigadora da Universidade de Cabo Verde (UNICV).

​Uma oportunidade para conhecer os desafios e as oportunidades em diferentes contextos, dentro e fora do país, bem como as parcerias relevantes envolvendo Cabo Verde que estão a gerar impactos significativos.

​Ricardo Ramalho, da Universidade de Cardiff (Reino Unido), apresentou uma perspetiva geológica sobre os 15 anos de exploração oceânica em Cabo Verde. E, em seguida, Henk-Jan Hoving, do GEOMAR (Alemanha), partilhou os primeiros resultados da expedição “METEOR Cruise M209”.

​Por sua vez, Yara Rodrigues, do Instituto do Mar (IMAR), relatou experiências da participação da instituição em expedições científicas como a OceanXplorer e a Malizia Explorer.

​O projeto COAST – “A Conservação dos Ecossistemas Marinhos em Torno de Santo Antão, Cabo Verde: Implicações para Políticas e Sociedade”, apresentado por representante da Universidade de Aveiro (Portugal), completou o primeiro grupo do painel, que ainda debateu “Direções Futuras para a Conservação Marinha e Áreas Protegidas”.

Fotos:PR

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