Afinal o primeiro voo de retoma da Cabo Verde Airlines (CVA), previsto para sair à 18 de Junho passado, com destino a Lisboa, não passou de uma encenação da Loftleidir Icelandic para arrestar o Boeing 757 da Cabo Verde Airlines em Lisboa. Disse ao Santiago Magazine uma fonte conhecedora do processo, completando que o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, mandou avisar Ulisses Correia do esquema.
Nesta “tramoia”, revelou a mesma fonte, os islandeses da Loftleidir Icelandic contavam com o apoio do administrador operacional da CVA, Antolovio Martins, do então director de operações de voos, Nilton Lobo, do ex-diretor de treino, Luís Almeida, e do piloto chefe, Luís Barbosa.
Desses, apenas Antolivio Martins continua na empresa, mas acreditam as nossas fontes que brevemente estará a responder em tribunal por danos à empresa.
“Os islandeses já tinham falado com Antolivio Martins e os restantes no sentido de fazerem um teatro a dizer que a CVA começou a voar. Tudo isto para fazer com que o avião saísse do país para depois ser arrestado em Lisboa”, contou a fonte.
Chantagem
Outro informante do Santiago Magazine confirmou que a Loftleidir Icelandic já tinha um pedido no Tribunal Europeu e também no Tribunal português para arrestar o aparelho para que este seja objecto de chantagem ao Governo de Cabo Verde para conseguirem mais um aval de 12 milhões de contos.
“Mas o plano foi por água abaixo porque o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, chamou o Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, para que este avisasse ao Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva”, contou.
Nisto, afirmaram, o Governo chamou a administração da Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) para, também numa encenação, meter uma providência cautelar para dizer que o avião não iria sair até serem pagas as supostas dívidas da CVA para com esta empresa que gere os aeroportos nacionais.
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