Cultura

Natural de Assomada, Barreto, como era conhecido, foi professor e um dos grandes dinamizadores culturais em Cabo Verde. Tem dezenas quadros e exposições feitas ao longo da sua carreira artística, preocupando-se sempre em transmitir os seus conhecimentos aos mais jovens e a impulsionar a dinâmica cultural na Praia, onde vivia, e em todo o país.

Isto porque, depois dos primeiros contactos com a pintura, o artista santacatarinense licenciou-se em Belas Artes na cidade de S. Petersburgo (Rússia) com o grau de “Master of Fine Art” na Academia de Belas Artes no curso de Pintura Monumental, no ano de 1985.

Ali, aprendeu a refinar a linguagem e a realização estética. Conhecimentos que haveria de transmitir aos mais jovens, tendo, após a sua formação, leccionado em Assomada, entre 1985 e 1988.

Entre várias funções, dirigiu em 1993 o departamento da Animação Cultural do Instituto Nacional da Cultura (INAC), antiga designação do Instituto do Património Cultural, foi Diretor da Promoção Cultural e Direito de Autor no Instituto de Promoção Cultural, foi Diretor do Palácio da Cultura Ildo Lobo.

Numa nota de pesar o Instituto do Património Cultural afirma que José Maria Barreto deu “um importante contributo no desenvolvimento do sector cultural do país nas mais variadas vertentes, com especial foco, nas artes”.

O funeral realiza-se este sábado, 30, no cemitério da Várzea, na cidade da Praia. Santiago Magazine envia condolências à família enlutada.

Eis a nota do IPC, na íntegra:

Nota de pesar

"É com profunda tristeza que o Instituto do Património Cultural tomou conhecimento do passamento físico do seu antigo colaborador, José Maria Barreto, mais conhecido por “Barreto”.

"Barreto", foi um prestigiado artista cabo-verdiano que nasceu em 1957 na Assomada e que residiu na Cidade da Praia.

Em contato com as artes plásticas desde muito novo, licenciou-se em S. Petersburgo (Rússia) com o grau de “Master of Fine Art” na Academia de Belas Artes no curso de Pintura Monumental em 1985, onde refinou a perceção, a linguagem e a realização estética.

Após a sua formação, regressou à ilha de Santiago onde, entre 1985 até 1988, lecionou na sua terra natal.

Entre várias funções, dirigiu em 1993 o departamento da Animação Cultural do Instituto Nacional da Cultura (INAC), antiga designação do Instituto do Património Cultural, foi Diretor da Promoção Cultural e Direito de Autor no Instituto de Promoção Cultural, foi Diretor do Palácio da Cultura Ildo Lobo, dando um importante contributo no desenvolvimento do sector cultural do país nas mais variadas vertentes, com especial foco, nas artes.

A toda família e amigos, endereçamos as nossas mais profundas condolências”