O líder da bancada parlamentar o MpD, João Gomes, disse hoje, durante a abertura do debate do Estado da Nação, que as sucessivas crises não intimidam o Governo de Ulisses Correia e Silva, sugerindo que o mesmo (Ulisses) deve ser apelidado como o “novo Churchill do século XXI “.
Gomes começou por dizer que as crises causadas pelas secas, não obstante seus efeitos nefastos, “não intimidaram” o Governo chefiado por Ulisses Correia e Silva” nem impediram a tomada de medidas de políticas assertivas” que permitiram que o PIB passasse a crescer cerca de 6%, o desemprego caísse para 11,3%, a dívida pública reduzisse para 115% do PIB e o rendimento das famílias aumentasse, no final do ano 2019.
“Veio, entretanto, a Pandemia do Cavid-19 em março de 2020 e com ela uma segunda crise, de dimensão e proporções inigualáveis na história da Nação. Mais uma vez. O Governo de Cabo Verde, não se deixou intimidar, concebeu e executou medidas atempadas e assertivas que permitiram o controlo da situação sanitária com altos níveis de vacinação, a proteção do empego, das empresas e o rendimento de famílias cabo-verdianas”, acrescentou.
Ainda nas suas declarações, João Gomes frisou que medidas de proteção das empresas e do emprego permitiram impedir que mais de 18 mil trabalhadores tivessem ido para o desemprego e que, de abril a dezembro de 2020 mais de 1.900 trabalhadores tivessem recebido o subsídio de desemprego.
“O adiamento do pagamento de impostos, a concessão de isenções fiscais, a concessão de créditos e garantias a pequenas empresas, o reforço das transferências monetárias para as famílias mais vulneráveis, a implementação de políticas de “lay-off”, moratórias públicas e ainda os subsídios de isolamento profilático, foram medidas atempadas e assertivas que permitiram evitar o colapso de empresas, em particular, as ligadas ao turismo”, frisou.
Para este parlamentar, apesar das vicissitudes encontradas foi possível transformar Cabo Verde, numa Nação com esperança no presente e no futuro.
“Uma nação com resultados nunca alcançados a nível da inclusão social, da proteção e promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes, das garantias dos cuidados a pessoas com deficiência, da garantia dos cuidados dos idosos, da igualdade e equidade de género, dos imigrantes, da habitação e da saúde”, pontuou.
O líder parlamentar do MpD fez ainda referência a crise provocada pela guerra na Ucrânia.
“Esta terceira crise, fez subir em flecha os preços dos combustíveis e dos bens alimentares e, de modo geral, a inflação, pelo que, a situação global agravou-se consideravelmente. O efeito desta guerra não se contém nas fronteiras da Ucrânia. Trata-se de um efeito global que afeta todos os países do mundo, mormente pequenos países insulares como o nosso, traduzindo-se desde logo, num brutal aumento de inflação impulsionado pelos custos de importação”, afirmou.
“Respondendo, como sempre, às adversidades, o Governo cabo-verdiano chefiado por Ulisses Correia e Silva, que podemos apelidá-lo do novo Churchill do século XXI, adotou medidas para estabilizar os preços, diminuir o seu impacto, tornar o país mais resiliente, e evitar que esta escalada de aumento de preços seja transmitida diretamente para os consumidores ou para as empresas”, evidenciou.
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