“Esta forma de controlo populacional é desumana à luz do conhecimento que temos hoje sobre os animais e atentória da dignidade que seres sensíveis e sencientes nos merecem”, lê-se na missiva da Provedora Municipal dos Animais de Lisboa.
E prossegue: “Mais, é indigna de um país como Cabo Verde que pretende modernizar-se e acompanhar o conhecimento científico e que é conotado com valores como os da abertura, solidariedade e da paz”.
Marisa Quaresma dos Reis disponibiliza-se para ajudar a autarquia “na procura de soluções mais éticas e humanas e para estabelecer pontes entre projetos portugueses em África, como os Veterinários Sem Fronteiras Portugal, cujo objetivo é precisamente desenvolver parcerias com os países de língua oficial portuguesa”.
“Coloco também à vossa consideração a possibilidade de receberem aconselhamento e formação especializada (em Direito e em Medicina Veterinária) prestados pela Provedoria dos Animais de Lisboa”, lê-se na carta.
A Provedora reconhece que “a realidade de Cabo Verde é diferente da de Lisboa”, mas também por isso mostra-se disposta a ajudar no que “for possível”.
Na terça-feira, em conferência de imprensa na cidade da Praia, António Lopes da Silva garantiu que a intenção da autarquia é realizar campanhas de sensibilização e de esterilização, de forma a não haver necessidade de abater cães.
Ainda assim, a câmara assumiu que só em 2018 abateu por eletrocussão 1.600 cães.
Com Lusa
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