
Novo álbum aborda a violência doméstica e foi lançado hoje, estando já disponível em todas as plataformas digitais. A artista dá voz a uma história de amor conturbada, assinalada pela paixão e esperança, mas que se transfigura num ciclo de agressões físicas e emocionais.
Ceuzany lançou hoje o seu novo álbum “Nô txal tê li” (vamos ficar por aqui), que aborda e denuncia a violência doméstica, encontrando-se já disponível em todas as plataformas digitais, e onde a artista dá voz a uma história de amor numa relação assinalada pela paixão e esperança, mas que se transfigura num ciclo de agressões físicas e emocionais.
“Este tema retrata a perda de alegria, agressão e o apagamento da luz, onde a protagonista que está no videoclipe encontra finalmente a coragem ao reconhecer o impacto destrutivo da relação e escolher o seu próprio caminho”, pode ler-se numa nota da Produtora Harmonia.
Hino de libertação
Ceuzany canta a violência doméstica com “sensibilidade e força”, transformando uma realidade dura num hino de “libertação e afirmação pessoal”, reforçando a importância em dar visibilidade a histórias de sobrevivência e afirmando o direito à dignidade.
O novo álbum contém dez faixas, incluindo uma música inédita, “Riola de Casal”, que “une as vozes de Ceuzany e Fábio Ramos, numa sátira à traição expressa na gíria popular do Mindelo, com palavras do músico Manuel d’Novas e música de Hernâni Almeida, que também produz este registo fonográfico.
“Riola de Casal” retrata situações do quotidiano amoroso, e “Nutridinha” (uma outra faixa do álbum) o emblemático tema popularizado por Cesária Évora, em que Ceuzany celebra a memória musical de Cabo Verde, aproximando o público das profundas raízes culturais e reforçando o seu compromisso com a tradição.
O álbum inclui, ainda, “Sem Ninguém”, um tema de Jorge Neto que Ceuzany quis homenagear neste novo trabalho.

Um trajeto pela música
Ceuzany Gonçalves Pires nasceu no Senegal, mas o pai é do Fogo e a mãe de São Vicente. Foi na cidade do Mindelo que viveu desde os 2 anos de idade.
E foi na ilha do Monte Cara que a cantora começou a brilhar no circuito de hotéis e bares da cidade, principalmente com o grupo Eclipse, de Ponta do Sol (Santo Antão), com quem teve oportunidade de fazer uma digressão a França e à Holanda.
Quando em 2007, Ceuzany cantava num hotel de Santo Antão, Arlindo Évora, compositor e vocalista do Cordas do Sol, agradado com a sua voz e presença em palco, convidou-a a integrar o grupo, que já procurava há algum tempo uma voz feminina. Desde então, a sua presença dá um brilho especial às atuações do Cordas do Sol.
Paralelamente, Ceuzany tem uma carreira a solo, iniciada em 2012.
C/Inforpress
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