O Movimento Civil para as Comunidades Responsáveis (MCCR) “demarca-se expressamente” da partidarização da organização e garante que tem desenvolvido um trabalho de consciência humana e social perante a natureza e os animais.
Esta posição surge na sequência de afirmações proferidas segunda-feira, pelo vereador do Saneamento da Câmara Municipal da Praia, António Lopes Silva, quanto às políticas da autarquia no tratamento de cães de rua.
Essa posição da câmara, defende a organização da sociedade civil em comunicado de imprensa, desvaloriza o propósito e as reais motivações do trabalho que têm desenvolvido.
“O MCCR demarca-se expressamente da partidarização do Movimento, de seus princípios e actividades, assim como de qualquer das comunidades integrantes”, lê-se no documento enviado à Inforpress.
Por isso, condena as afirmações do vereador da Câmara Municipal da Praia que conota o movimento cívico a orientações partidárias.
“O Movimento condena, por isso, as afirmações do vereador que pretende conotar o movimento cívico a orientações partidárias, desvalorizando, desta forma o nosso propósito, as nossas reais motivações e o trabalho que temos vindo a desenvolver”, sublinha.
Por outro lado, relembra que a edilidade não tem cumprido o protocolo assinado em Março de 2018, que determina uma gestão ética da população canina.
“A CMP assinou um protocolo com o MCCR, em Março de 2018, para a gestão ética da população canina e no documento assume que não abaterá nenhum cão, a não ser nos casos que justificarem eutanásia, ou seja, de doença incurável, estando o animal em extremo sofrimento, ou em caso de os cães serem considerados de perigosos”, lê-se no documento.
Acrescenta ainda que a câmara assumiu os princípios da “gestão ética da população canina” de acordo com as melhores práticas internacionalmente recomendadas”.
O MCCR diz que tem trabalhado com várias organizações internacionais de defesa dos direitos dos animais e tem apresentado soluções à CMP para uma gestão ética da população canina, bem como uma via do diálogo para resolver a situação e fazer cumprir o protocolo celebrado.
“A câmara municipal não manifestado qualquer interesse no trabalho da MCCR, tem-nos apelidado de comunidade irresponsável e ignorado todo o esforço de centenas de cidadãos profundamente activos e engajados nesta causa”, acusa organização de sociedade civil.
Esta segunda-feira, em conferência de imprensa, a Câmara Municipal da Praia apontou que tem havido “deturpações grosseiras” quanto às políticas da autarquia no tratamento de cães de rua, que “roçam inclusivamente a manipulação e inverdades”.
Esta posição foi defendida pelo vereador José António Lopes da Silva, avançando que os responsáveis camarários ficaram espantados na forma como nos últimos dias tem sido tratado o assunto, por uma associação que se chama comunidades responsáveis, “que pelos vistos de responsabilidade têm muito pouco”.
Com Inforpress
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