Desde aquela madrugada de maio
Que em lágrimas meu amor de mim se despidiu
Que meu peito sangra dia e noite
Fiquei na soleira com meu menino ás costas
seguí a luz de lanterna até ribeira-abaixo
Fiquei levando a vida ao som do pilão vazío
Quando a morna toca na rádio
Me banho em lágrimas que queimam
Mas também que alivíam
A saudade não mata
A saudade mata
A saudade ressuscita um novo ser
EU Sou um mar de dores
De Flores
De Amor...
Sou mulher cabo-verdiana
Mãe solteira por causa da seca
Viúva do tempo infortúnio
casada com a esperança.
EU Sou um mar de dores
De saudades
De solidão
E, de Amor .
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