“Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no seu coração os meus mandamentos”
O escritor António Cícero escreveu um poema chamado “Guardar”, que diz o seguinte: “Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda nada. Em cofre perde-se a coisa de vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela”.
A instrução de guardar os mandamentos de Deus não significa colocar a Bíblia em um cofre e esquecê-la. Os ensinamentos de Deus devem ser guardados no coração. O que colocamos no coração não fica esquecido. Guardamos no coração aquilo que é importante para nós, que ilumina nossa vontade. Guardar alguma coisa importante uma atitude de zelo. Guardar não é desprezar algo, mas uma forma de proteger o que tem valor. Guardamos coisas importantes para que não se percam ou se misturem a outras sem importância.
A palavra guardar aparece várias vezes na Bíblia. Timóteo é instruído a guardar os ensinamentos de Deus, buscar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. No lugar do amor ao dinheiro, buscar a piedade e o contentamento, grande fonte de lucro. Em Dt 4.40 encontramos a seguinte exortação: “Guardar, pois, os seus estatutos e os seus mandamentos que te ordeno hoje, para que te vá bem a ti e a teus filhos depois de ti e para que prolongues os dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá para todo o sempre”. Ainda no livro de Deuteronómio encontramos uma proposta entre a vida e a morte que instrui a amar o Senhor e guardar seus mandamentos para viver, mas quem der ouvidos a Deus e não o servir certamente perecerá (Dt 30.15-20).
Por isso, quem guardar realmente os mandamentos de Deus não os esquece. Constantemente lê a Bíblia, medita nela e fala sobre seus ensinamentos.
Lembre-se de guardar o mais importante.
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