A Associação do Turismo de Santiago promove hoje à tarde em Rui Vaz, São Domingos, um encontro para discutir com os diversos parceiros a questão da insegurança que também vem afectando o sector turismo
Segundo o presidente da associação, Eugénio Inocêncio, esse encontro foi motivado sobretudo, pelos recentes casos de assaltos a turistas, o que na sua perspectiva poderá pôr em causa a credibilidade e a imagem do país enquanto destino turístico.
“O último caso aconteceu na Serra de Malagueta com um turista que acabou por perder três dedos da mão. Há uma série de outros casos que está a acontecer e de facto é urgente tomar-se uma posição firme e nós temos uma série de propostas que queremos fazer”, disse.
De entre essas propostas a serem encaminhadas ao Governo está a da criação de um departamento especializado dentro da Polícia Nacional (PN) para o policiamento das zonas rurais e de montanha, seguindo o modelo da GNR, em Portugal, e dos Rangers, nos EUA.
O encontro deverá contar com a presença do presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde (ANMCV), Manuel de Pina, os vereadores para área do turismo dos vários municípios da ilha de Santiago.
Em cima da mesa estará também um conjunto de propostas apresentadas pela Associação dos Operadores Turísticos do Tarrafal, nomeadamente a criação de um colectivo de guias turísticos, a organização de um serviço nocturno de táxis para os turistas que pernoitam no Tarrafal e a criação de flyer que será colocado em todos os hotéis, com orientações sobre a segurança, entre outros aspectos.
Na agenda dos trabalhos consta também a análise da Petição à Assembleia Nacional para o reforço da legislação sobre os atentados à segurança individual e à propriedade, e que está com uma campanha a decorre nas redes sociais para angariação de apoios.
A campanha que tem como tema “Vamos fazer das nossas ilhas terras de paz e Morabeza” foi lançada pelo presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde, Gualberto do Rosário.
A petição tem por objecto o agravamento de penas relativas a crimes contra pessoas, contra a propriedade e contra o património histórico e natural e a obrigatoriedade de os praticantes destes crimes cumprirem integralmente a pena em prisão efectiva.
A criação de três juízos, sendo um na Praia, outro em São Vicente e um terceiro no Sal, para julgar exclusivamente crimes contra pessoas, contra a propriedade e contra o património histórico e natural, e o agravamento em 1/3 das penas quando o molestado seja turista são outros objecto dessa petição.
O encontro terá lugar na tarde desta quinta feira em Rui Vaz.
Com Inforpress
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