Comunicação Social. Que futuro?
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Comunicação Social. Que futuro?

Cabo Verde vai discutir o futuro do Serviço Público da Comunicação Social num fórum previsto para 25 de Julho, na cidade da Praia.

Esta iniciativa do Ministério da Cultura acontece numa ocasião em que é voz corrente que a comunicação social está a atravessar uma das suas maiores crises, sobretudo a crise editorial. De modo que este primeiro fórum intitulado "Serviço Público de Comunicação Social em Cabo Verde - que futuro?" pode ser uma oportunidade para se discutir e equacionar soluções para um sector que deve ser a coluna vertebral da democracia e dos regimes democráticos.

A discussão vai centrar-se sobre os desafios actuais da radiodifusão e da televisão à luz das exigências constitucionais. O Ministério da Cultura, que tutela a comunicação social, explica a necessidade e oportunidade do evento nos seguintes termos: “tem havido inúmeros debates à volta  do serviço público de comunicação social, com críticas de que este não tem feito um trabalho desejado em matéria de qualidade, independência e sustentabilidade”.

Entende o departamento governamental que tutela a comunicação social que ter um contrato de concessão não é sinónimo de garantia de qualidade e independência do serviço público de radiodifusão e televisão. Feita esta constatação o Ministério da Cultura defende que é preciso “uma nova abordagem, sistémica e revolucionária, tendo em conta a existência de uma nova realidade da comunicação no mundo, na era digital”.

Neste contexto, o fórum prevê debater questões relacionadas com o acesso à informação para todos, a igualdade de tratamento das diferentes regiões, a alfabetização digital da população  e os novos moldes de difusão e desafios da introdução da Televisão Digital Terrestre (TDT).

Os profissionais da comunicação social não ficam de fora. As  obrigações que se requerem aos jornalistas  e aos órgãos de comunicação social, nomeadamente o rigor e isenção da informação, a autonomia e a independência da informação, a diversidade e a pluralidade  e as responsabilidades do serviço público também serão objecto de debate.

Não há serviço público de comunicação social em recursos humanos, financeiros e materiais, pelo que se pretende ainda analisar a formação do mercado mediático e  a sustentabilidade das empresas de comunicação, no que toca aos recursos humanos, financeiros e tecnológicos.

Está-se, obviamente, perante uma oportunidade de se fazer uma reflexão conjunta sobre os grandes temas que na actualidade se colocam ao serviço público de Comunicação Social, incluindo os desafios que se adivinham para o futuro, que devem ser, de acordo com a organização, antecipados e ponderados.

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