Maria do Rosário Pereira, que reside a Comissão Nacional de Eleições, está ciente que a utilização de urnas electrónicas vai exigir do país várias medidas, como segurança, que implica meios financeiros.
Especialistas de Cabo Verde, Senegal, Mali, Gana, Guiné Conacry, Namíbia, África do Sul, Madagáscar, Brasil, Roménia, Jordânia, Canadá, Iraque e Filipinas estão reunidos na Praia em workshop para debate e troca de experiências sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) nos processos eleitorais.
O encontro sobre “Utilização das novas tecnologias nos processos eleitorais” , que acontce desde terça-feira ate esta sexta, 24, é promovido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), em parceria com a Rede de Instituições Eleitorais da Francofonia (RECEF).
O evento, que reúne 50 representantes de órgãos eleitorais e organizações dos países indicados, debate experiências na utilização das tecnologias de comunicação nos processos eleitorais em todo mundo.
Durante o workshop, os especialistas têm apresentado o panorama geral da evolução e utilização das novas tecnologias nos processos eleitorais, na última década e à escala global, com particular incidência na experiência acumulada na sub-região africana, assim como os exemplos de inovação nos processos eleitorais nessa sub-região.
Na conferência, os palestrantes estão a partilhar pensamentos sobre lições que aprenderam após a introdução inicial das TIC’s no processo eleitoral, os sucessos e as dificuldades encontradas, bem como quais as recomendações e conclusões para o futuro.
A presidente da CNE, Maria do Rosário Pereira, afirmou que Cabo Verde está a trabalhar para que nas eleições autárquicas de 2020 e nas legislativas e presidenciais de 2021 o recenseamento eleitoral – no qual vai se deixar de utilizar o recenseamento biométrico e tirar os cadernos eleitorais da base do registo civil – seja feito de forma automático e transitório.
Tendo em conta que a utilização de novas tecnologias consta da lei eleitoral desde 1998, a presidente da CNE é de opinião que o encontro de três dias vai ajudar Cabo Verde a conhecer as experiências dos outros países presentes que já utilizam a votação electrónica, nomeadamente Namíbia, Filipinas e Canadá.
Entretanto, Maria do Rosário Pereira está ciente que a utilização de urnas electrónicas vai exigir do país várias medidas, como segurança, que implica meios financeiros.
Para além da Rede de Comportamentos Eleitorais Francófonos (RECEF), o workshop tem também o apoio do Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA International), e da Organização Internacional da Francofonia (OIF).
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