Licenciado em História e pós-graduado em Turismo Cultural, Fernandes é a escolha do ministro Abrãao Vicente para substituir Charles Akibodé, demitido no início de Julho.
Hamilton Jair Fernandes foi hoje, terça-feira, 1 de Agosto, empossado como novo presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), pelo Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente. Fernandes é técnico do IPC, além de docente e investigador.
Formado em História variante Arqueologia, pela Universidade de Coimbra, tem uma pós graduação em Turismo Cultural. É ainda mestre em Arqueologia e Património e doutorando em História pela Universidade de Évora.
Desempenhou o cargo de Curador da Cidade Velha de 2012 a 2015, coordenou projectos relativamente à salvaguarda do património como a Direcção de Salvaguarda do Património, Coordenacção do Gabinete Tecnico da Cidade Velha, Patrimonio Mundial, do Projecto de Classificação das Festas de Nhu Santo Amaro Abade a Património Cultural Imaterial de Cabo Verde e do Projecto de Classificação dos Centros Históricos de Cabo Verde a Patrimonio Nacional. Foi ainda Membro da equipa de candidatura da ilha do Maio a Reserva da Biosfera da UNESCO.
Paralelamente, desempenha a função de vice-presidente da ONG Sustentar, uma organização sem fins lucrativos, cargo que acumula com o de coordenador da comissão da tabanka de Achada Santo António.
Durante a tomada de posse do novo presidente do IPC, o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, afirmou que quer ambição, autonomia, capacidade e autoridade do novo presidente do Instituto Património Cultural (IPC), em gerir e valorizar os recursos humanos do instituto.
O governante disse que a missão de Fernandes passa por ganhar um espaço na sociedade civil, no debate sobre o património e sobre a conservação e gestão dos museus, revendo a legislação, tanto no quadro dos museus e sua conservação para estacar a degradação do património construído na zona classificada de património da humanidade.
O ministro exige que essa autonomia e autoridade vão até ao limite daquilo que lhe compete como presidente do instituto para evitar “as maiores violações e os mais graves problemas tidos neste momento, que é o desrespeito pelo património”.
Disse ainda esperar que esta presidência tenha o dom de congregar esforços por parte dos técnicos e conseguir através da sua influência trazer a Polícia Nacional e a Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, para um diálogo em conjunto para poder fazer as mudanças necessárias. Em relação aos museus, Abraão Vicente considera que é ambiciosa a reunião preliminar feita no sentido de predefinir os museus, requalifica-los e fazer investimento nos próximos três anos de mandato que faltam e projetando-os para patamares internacionais.
Por sua vez, o novo presidente do Instituto do Património Cultural, Jair Fernandes, indicou que que se trata de um “grande desafio” porque, no seu entender, falar do património em Cabo Verde requer a mudança de atitude a todos os níveis, priorizando também a valorização dos recursos humanos do instituto.
Promete alavancar e dinamizar a instituição que “tradicionalmente é tida como uma instituição conservadora devido aos seus conceitos” e alerta para que os recursos humanos sejam valorizados e cultivados de forma a poder recupera-los a tempo e hora.
Apontou também para a necessidade de implementar algumas medidas estruturantes, sobretudo, no que diz respeito à legislação, bem como a dinamização dos centros históricos e dos museus tronando-os num activo económico, “num momento em que se fala muito do turismo” fazendo a ligação entre o turismo e o património e a própria cidadania e o património.
Com Inforpress
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