Parlamento: PM assegura para o segundo semestre voos de ligação com os Estados Unidos da América
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Parlamento: PM assegura para o segundo semestre voos de ligação com os Estados Unidos da América

O primeiro-ministro assegurou hoje que o Governo está a desenhar, para o segundo semestre, a aquisição de um boeing que permitirá a ligação com os Estados Unidos da América, e projectar assim a retoma da Cabo Verde Airlines.

A posição de Ulisses Correia e Silva foi manifestada durante o debate parlamentar sobre “o papel dos transportes na economia e na integração regional”, no período da tarde, explicando que a intenção é a aquisição de um aparelho com estrutura para fazer voos para Boston.

“No segundo semestre desse ano está a ser desenhado soluções para adquirir um aparelho que não seja o boeing 757, para fazer voos para Boston e isso acontecerá”, frisou, apontando que o boeing que se encontra no País tem limitações para voos de longo curso.

Com várias críticas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), no sentido de que o Governo teria falhado nas políticas de transportes, sobretudo na privatização dos TACV, o chefe do Governo considerou que o maior partido da oposição não apresenta nenhuma solução, sem contar que “deixou a empresa falida em 2016”.

Revelou que em finais de 2014 e início de 2015, dois ATRS 7500 da TACV, adquiridos em 2007, pagos em mais de 75 por cento (%), e que em menos de dois anos passariam a ser propriedade da empresa, foram vendidos para de seguida retomados em forma de leasing, a rendas mensais muito acima do preço do mercado.

“Um contrato com a Hélix que expunha o Estado para valores de mais de 25 milhões de dólares e a empresa começou a ter problemas para assegurar o pagamento das próprias rendas e reservas de manutenção”, referiu, questionando, neste sentido, de que forma essa decisão beneficiou o País.

“Por isso é que as nossas políticas públicas são claras, primeiro uma separação muito clara entre a gestão das empresas e aquilo que são políticas públicas de transportes, e se concretizam através de concessões, indemnizações compensatórias, incentivos para que as empresas possam operar com rentabilidade”, frisou.

Por outro lado, anunciou que brevemente vai ser aprovado um regime especial para os operadores que estão fora de concessão, explicando que o Estado não pode fazer esse contrato com 10 operadores, tendo, por isso, lançado um concurso para seleccionar um. 

“O que não quer dizer que outras empresas não possam operar. O PAICV tentou isso e falhou, mas nós conseguimos por isso é preciso valorizar aquilo que foi feito por este Governo”, assinalou.

Ulisses Correia e Silva falou ainda da introdução de mecanismos para haver mais flexibilidade relativamente a aparelhos que estejam consonantes com a dimensão do mercado, para voos com menos passageiros a alguns destinos que têm problemas de mercado.

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