Ministro do Mar pede “resistência ao tráfico de influências e tentativas de corrupção” às chefias intermédias
Política

Ministro do Mar pede “resistência ao tráfico de influências e tentativas de corrupção” às chefias intermédias

O ministro do Mar, Abraão Vicente, pediu hoje, no Mindelo, à inspectora geral das Pescas e ao director nacional de Pesca e Aquacultura que tenham “capacidade de resistência ao tráfico de influências e a toda tentativa de corrupção”.

Segundo Abraão Vicente, que falava durante a cerimónia de posse da inspectora geral das Pescas, Maysa Vera-Cruz Rocheteau, e do director nacional de Pesca e Aquacultura, Albertino Martins, que já vinham exercendo os respectivos cargos, lembrou que o sector para qual trabalham é uma área que “mexe com muitos interesses”.

Pelo que, defendeu, o sucesso dessas chefias intermédias “far-se-á pela capacidade de verticalidade, de transparência e exigência pessoal como ética de trabalho que sejam inimputáveis em qualquer sentido”.

“Espero que sejam lideranças agregadoras, que consigam agregar de Santo Antão à Brava e trazer à liça os projectos que são relevantes e que façam a filtragem de uma agenda que seja relevante para o País”, pediu o ministro do Mar, para quem “não haverá Ministério do Mar sem uma aposta sólida nos recursos humanos”.

Abraão Vicente defendeu, igualmente, a necessidade de “sair do discurso de ‘coitadismo’ das peixeiras e dos pescadores como parentes pobres do sector e pensar em grande”.

E pensar em grande, explicou, significa que devem “ter a capacidade de transferir recursos do Orçamento do Estado para o sector” e fazer com que “os recursos que produzidos no sector do mar fiquem no sector para investimento e para criar mais riqueza”.

Neste sentido, afirmou que se deve “começar a empoderar as peixeiras e os pescadores, como base e como o ideal típico do sector das pescas, criando capacidade local, nas comunidades e nos municípios” e também “fazendo com que ao chegar à pesca industrial e sub-industrial haja investigação e a parte académica”, para se ter “uma visão global da floresta e não da árvore”.

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