O secretário-geral do PAICV, Julião Varela, que falava na manhã de hoje, na Cidade da Praia, em conferência de imprensa, esclareceu que a queixa é direccionada à autarquia praiense, à vereadora da Acção Social, Ednalva Cardoso, e ao vereador de Infra-estruturas e Transportes, Manuel Vasconcelos.
Segundo avançou, as afirmações “injuriosas, caluniosas e difamatórias”, proferidas no jornal da noite da Televisão de Cabo Verde (TCV) e na Inforpress, nos dias 4 e 5, insinuam que o partido estaria a incitar construções clandestinas e aproveitar da situação da pandemia da covid-19.
O PAICV “repudia veementemente” as acusações e considera que as mesmas são “falsas, gratuitas e atentatórias do bom nome e da sua credibilidade” do partido.
“Assim, face à gravidade das acusações e convicto de que, num estado de direito democrática, nada justifica a postura desses dois vereadores, o PAICV vai dar entrada, no Tribunal da Comarca da Praia, uma queixa-crime contra a Câmara Municipal da Praia, a vereadora Ednalva Cardoso e o vereador Manuel Vasconcelos”, assegurou.
Julião Varela disse esperar um pedido público de desculpas porque se trata de acusações “graves e falsas”, despidas de “qualquer fundamento”, e com o “objectivo claro de pôr em causa o bom nome e a dignidade” do PAICV.
O PAICV condenou na segunda-feira, 04, a prática de alegada demolição de habitações na Cidade da Praia, em plena crise, considerando ser “desumana a atitude da autarquia” neste sentido.
A posição foi manifestada pelo secretário-geral adjunto do PAICV, Samilo Moreira, reagindo às informações veiculadas na comunicação social sobre a demolição de uma barraca ilegal no bairro do Alto da Glória.
A CMP reagiu negando ter deixado qualquer família desamparada e que não faz demolição de barracas sem a devida articulação prévia com o Departamento de Acção Social.
Entretanto, o PAICV repudiou a “atitude” condenando a “demolição de habitações, promovida pela Câmara Municipal da Praia”, em pleno estado de emergência, “pela forma como foi feita”.
Segundo Samilo Moreira, essa demolição, nos termos em que foi feita, “deixou uma família que é carenciada, desprotegida e ao relento”, totalmente “exposta a todos os tipos de risco”, inclusive à ameaça da covid-19, no momento em que o Governo recomenda a todos para ficar em casa.
Com Inforpress
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