Guiné-Bissau: Golpe de Estado é encenação de Sissoco
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Guiné-Bissau: Golpe de Estado é encenação de Sissoco

Com a detenção do candidato presidencial Fernando Dias da Costa e do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, fica claro quem é o rosto por detrás do golpe de Estado de hoje. E não deixa de ser curioso que Sissoco, deposto pelos militares e supostamente detido, continue a fazer ligações telefónicas a aliados e chefes de Estado e a dar entrevistas à imprensa internacional.

A natureza do golpe de Estado militar na Guiné-Bissau parece ficar cada vez mais clara e o rosto por detrás dos “revoltosos” afigura-se cada vez mais nítido: Umaro Sissoco Embaló. É esta a apreciação do essencial da imprensa estrangeira.

E, com a detenção do candidato presidencial Fernando Dias da Costa e do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, as dúvidas iniciais parecem ter-se esfumado.

A natureza do golpe está aí exposta com toda a clareza: o objetivo era suspender o processo de apuração de votos, evitando que a Comissão Nacional de Eleições (CNA) anunciasse o vencedor das escolhas de domingo, ao que tudo indica, desfavoráveis a Sissoco.

Ao que foi possível apurar até agora, Fernando Dias da Costa e Domingos Simões Pereira estarão em parte incerta. Contudo, o antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau Aristides Gomes avançou à RFI que teriam sido levados para a Base Aérea de Bissau.

Aristides Gomes avançou, ainda, que a detenção de Umaro Sissoco Embaló “é uma encenação” para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.

Por volta do meio-dia ocorreram tiros junto ao Palácio Presidencial e à sede da CNE (uma notícia já publicada pelo nosso jornal), e, entretanto, a RFI avançou que milícias armadas assaltaram a sede de campanha de Fernando Dias da Costa, mais tarde detido com o líder do PAIGC.

Na sequência destes acontecimentos, segundo também já noticiamos, os militares anunciaram o golpe de Estado que, contudo, revela pormenores surpreendentes. Entre outros, que Sissoco, deposto e supostamente detido pelos militares, continue a fazer ligações telefónicas a aliados e chefes de Estado e a dar entrevistas à imprensa internacional.

C/RFI

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