Marilena Corrò, 52 anos, encontrada morta esta terça-feira, 26, num reservatório de água dentro da sua pensão, em Sal-Rei, na Boa Vista, terá sido espancada até morrer. O principal suspeito, também italiano, é instrutor de kick-box e tem antecedentes de agressões na ilha das dunas, onde reside há mais de dez anos.
Afinal, diferente da informação avançada pelo Terra Nova, e repescada por Santiago Magazine, a italiana encontrada morta num reservatório de água não era inquilina do residencial onde o caso ocorreu, mas sim a dona do estabelecimento.
Marilena Corrò, de 52 anos, natiural da cidade de Treviso, na Itália, chegou à Boa Vista há poucos anos, para tomar conta do negócio do pai, Luciano, que há 18 anos assentou arraiais em Sal-Rei, onde abriria a Pensão A Paz, de nove camas.
Foi neste estabelecimento hoteleiro que ocorreu a tragédia que vitimou Marilena Corrò, num caso que já está a ter repercussão nos diversos media italianos.
Depois de ontem os vizinhos terem ouvido gritos no interior da Pensão, foram averiguar e deparam com a mulher morta dentro de um reservatório de água pertencente ao estabelecimento. A Polícia foi accionada e terá levado para interrogação um homem, também de nacionalidade italiana, como principal suspeito deste suposto homicídio, tendo sido levado pela polícia para prestar depoimento, antes de ser encaminhado ao Tribunal
Gianfranco, esse italiano, morava na Pensão A Paz e, segundo fontes de Santiago Magazine na Boa Vista, estaria a dever dinheiro de renda à proprietária faz algum tempo. Segundo alguns testemunhos, terá sido uma discussão à volta do pagamento das dívidas a estar na origem da morte de Marilena Corrò. "Ele matou a mulher à pancada e depois a atirou para o fundo de um reservatório de água", conta uma fonte em Sal-Rei.
Instrutor de kick-box, com escola em Sal-Rei, Gianfranco vive na Boa Vista há cerca de dez anos. No seu historial, segundo as nossas fontes, constam vários casos de agressão contra pessoas. "Agrediu em tempos um outro italiano e acabou preso. Numa outra ocasião, violentou fisicamente um cidadão da Guiné por puro racismo", atestam as nossas fontes.
Outras hipóteses, apontadas por boavistenses ao Santiago Magazine, estarão sobre a mesa e relacionadas com o crime organizado, versão, entretanto, que a maioria das pessoas abordadas por este diário digital não corroboram.
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