
No rescaldo da sua viagem ao Líbano, o Papa condenou a retórica bélica de Trump e rejeitou as ameaças de intervenção militar norte-americana na Venezuela. Argumentando que “quem sofre é o povo, não as autoridades”, Leão XIV defendeu que o melhor caminho é “buscar formas de diálogo”.
No final da sua viagem ao Líbano, Leão XIV enviou um recado dirigido a Donald Trump. o Papa criticou o discurso belicista do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), rejeitando uma intervenção na Venezuela e denunciando abusos da grande potência.
As afirmações do Papa aconteceram já no avião, no voo de regresso ao Vaticano. Em conversa com jornalistas que acompanharam a viagem ao Líbano, Leão XIV foi convidado a pronunciar-se sobre uma eventual intervenção norte-americana na Venezuela e foi peremptório ao alegar que “quem sofre é o povo, não as autoridades”.
Segundo o pontífice, “é melhor buscar formas de diálogo, ou talvez de pressão, até pressão económica”, e criticou a “inconsistência” dos sinais vindos de Washington: “as vozes que vêm dos Estados Unidos mudam com certa frequência”.
Mudanças políticas não podem ser impostas
Ainda em Beirute, Leão XIV celebrou a eucaristia frente a 150 mil pessoas, pedindo a reconstrução do país e a pacificação do Médio Oriente. Defendendo o fim das hostilidades na região, o Papa apelou à união.
Numa viagem, por um lado, marcada pela empatia; mas, por outro, pela firmeza, o Papa procurou desarmar corações e reconstruir pontes, numa altura em que a Casa Branca sobe de tom nas ameaças militares.
No final da sua primeira grande missão internacional, Leão XIV sublinhou que as mudanças políticas não podem ser impostas “com fogo e ferro”, enfatizando que uma ação militar norte-americana só poderia resultar numa catástrofe humanitária.
Os comentários publicados são da inteira responsabilidade do utilizador que os escreve. Para garantir um espaço saudável e transparente, é necessário estar identificado.
O Santiago Magazine é de todos, mas cada um deve assumir a responsabilidade pelo que partilha. Dê a sua opinião, mas dê também a cara.
Inicie sessão ou registe-se para comentar.
Comentários