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“Uma das três prioridades é trazer mais financiamento para o setor da Cultura e das Artes Criativas em Cabo Verde”, traçou o novo governante, que assumiu hoje a pasta, após a saída de Abraão Vicente, que vai concorrer às próximas eleições autárquicas.

Em 2023, o orçamento para a Cultura foi de 505 milhões de escudos (4,59 milhões de euros), que aumentou para 522,4 milhões de escudos (4,75 milhões de euros) este ano.

Abraão Vicente saiu do Governo no final de julho para ser o candidato do Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder, às eleições autárquicas deste ano no concelho da Praia, capital do país, que é governado há quase quatro anos por Francisco Carvalho, do Partido Africano da Independência de Cabo Vede (PAICV), na oposição parlamentar.

Acumulava desde dezembro de 2021 as funções de ministro da Cultura e Indústrias Criativas, com a pasta do Mar, esta que foi assumida agora por Jorge Santos, que vai acumular com as Comunidades.

Augusto Veiga avançou que já está a ser negociado um novo aumento do orçamento para o próximo ano.

“Mas nós não vamos aguardar só pelo financiamento interno, vamos também à procura de financiamento externo para a Cultura cabo-verdiana”, prometeu Veiga, até agora diretor-geral do Atlantic Music Expo (AME), a maior feira internacional de música do arquipélago.

A organização do setor para a sua formalização e trabalhar em concertação com o turismo são as duas outras prioridades do novo titular da pasta da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde.

“Nós achamos que a Cultura é um fator diferencial do Turismo cabo-verdiano e nós queremos afirmá-la em parceria com esse Ministério”, sustentou Augusto Veiga, filho do antigo primeiro-ministro cabo-verdiano Carlos Veiga e que pela primeira assume uma pasta governamental no arquipélago.

Em declaração à imprensa, após ser empossado pelo Presidente da República, José Maria Neves, disse que tem “grande expectativa” em relação ao setor e prometeu “dar o máximo”.

Quanto ao novo diretor do AME, avançou que vai ser anunciado na próxima semana e garantiu que o Ministério da Cultura vai continuar a ser um parceiro da feira transatlântica, lançada em 2013 pelo Governo e assumido em 2018 pela Associação Cabo Verde Cultural (ACVC).