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A importância da relação humana construtiva: resgatando o prazer de viver
Colunista

A importância da relação humana construtiva: resgatando o prazer de viver

Um vídeo gravado por uma esposa um dia antes da morte do esposo por causa de um cancro. "Eu te amo tanto", disse o marido e a esposa responde: "eu também te amo." "Você é a melhor", disse o marido. Esposa responde: "você é o melhor." E o marido, "eu não conseguiria sem você. Obrigado por tudo que fez." "Obrigado por essa vida, você foi incrível", disse a esposa. "Sem você nada seria igual", replicou o marido. Eu te amo! Essa a dimensão da relação humana em sua essência mais pura e profunda.

Nada substitui a relação humana. A máxima que diz: "Nenhum homem é uma Ilha", revela o âmago da supra importância do relacionamento pessoal e humano. Sem um relacionamento humano construtivo e profícuo, a existência perde o seu encanto, e a mesma se definha paulatinamente.

A solidão intencional é patológica quanto antinatural. Precisamos de relações positivas e construtivas, do contrário perdemos o que melhor a vida nos oferece. Podemos ter tudo, se nos falta a relação humana positiva, tudo se torna insignificante. A ciência tem evoluído em várias áreas e vertentes. É importante frisar, que nenhuma evolução científica poderá substituir a importância e a necessidade inerente da relação humana como fator absoluto para o bem-estar holístico do indivíduo.

Uma das frases ou textos da Bíblia no seu primeiro escrito, ressalta o pano de fundo da relação humana como fator necessário e indispensável: "Não é bom que o homem viva só." Temos aqui a primeira e a grande premissa da indicação à necessidade da relação humana. O próprio Deus tomou a iniciativa de mudar a realidade solitária para a realidade relacional positiva-construtiva. É o primeiro sublinhado do escopo sociológico necessário e absoluto. Não poderá haver o relativismo neste capítulo. Significa que relacionamos para termos uma boa saúde psíquica, emocional e social ou vivemos solitários e individualistas numa penúria interna e sem qualquer sinal de bem-estar.

Não existe nenhum outro meio para desfrutarmos de uma boa saúde psíquica, emocional e social sem o elemento relacionamento construtivo. Desta forma, os nossos relacionamentos interpessoais precisam ser seletivos e bem escrutinados. A nossa construção profissional, familiar precisam estar sob a alçada de relacionamentos saudáveis e construtivos. O princípio pivô sociológico emana da ação relacional e interação permanente. Fazendo jus a máxima que diz:  "O homem é um ser social." O despertar de uma mudança profunda deve fazer pauta no nosso cenário atual.

O vazio existencial marca a sua agenda no cotidiano pessoal e social. A relação humana se desfazendo no subsolo do inconsciente, num ápice vertiginoso virtual. A internet chegou, esmagando de vez a relação humana construtiva e necessária. O individualismo soma o seu percurso destrutivo e a era do "ecrã móvel" assumi a sua liderança. É evidente que a relação virtual não cumpre e nem supri a real e profunda necessidade existencial. Já sabemos que um ser humano precisa pelo menos de oito abraços por dia. A sinceridade a empatia e o amor na relação humana resgatam aspetos profundos e reais. Um grande psiquiatra dizia: "As pessoas que as consideramos loucas e que andam pelas ruas das nossas cidades, necessitam de duas coisas básicas: amar e ser amadas." Precisamos encontrar um ponto de convergência e mudar o quadro presente antes que seja tarde demais. Perdemos pela solidão e individualismo intencional ou encontramos a solução pela relação humana sincera e natural.

Um vídeo gravado por uma esposa um dia antes da morte do esposo por causa de um cancro. "Eu te amo tanto", disse o marido e a esposa responde: "eu também te amo." "Você é a melhor", disse o marido. Esposa responde: "você é o melhor." E o marido, "eu não conseguiria sem você. Obrigado por tudo que fez." "Obrigado por essa vida, você foi incrível", disse a esposa. "Sem você nada seria igual", replicou o marido. Eu te amo! Essa a dimensão da relação humana em sua essência mais pura e profunda.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine

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