
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental condena “inequivocamente” o golpe de Estado – que considera uma “ação inconstitucional” e uma ameaça direta “à estabilidade do país e da região no seu todo” -, e, ao mesmo tempo, exige que o processo eleitoral seja retomado e concluído. Esta posição da CEDEAO foi divulgada ao final da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, que aconteceu hoje por videoconferência.
À saída da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que aconteceu nesta quinta-feira, 27, a organização sub-regional emitiu um comunicado onde condena “inequivocamente” o golpe de Estado na Guiné-Bissau.
Considerando tratar-se de “uma grave violação da ordem constitucional”, a CEDEAO exige a retoma do processo eleitoral, suspenso pelo golpe de Estado de ontem, e que seja concluído sem coação, obstrução ou interferências.
A Conferência de Chefes de Estado e de Governo “condena inequivocamente o golpe de Estado perpetrado por elementos das forças armadas, que interromperam, ilegalmente, o processo eleitoral num momento crucial”, pode ler-se no comunicado que considera a ação golpista “uma grave violação da ordem constitucional da Guiné-Bissau e representa uma ameaça direta à estabilidade do país e da região no seu todo”.
O comunicado reafirma a “tolerância zero” da organização sub-regional para mudanças inconstitucionais, como “estipulado no Protocolo da CEDEAO sobre Democracia e Boa Governação”, e avança que está pronta para adotar as medidas necessárias que garantam o restabelecimento da ordem constitucional.
Foto: DR
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