A população da ilha Brava apela à transparência de informações, por parte das autoridades competentes, em relação aos abalos sísmicos que têm estado a repetir-se com frequência nestes últimos meses.
O tremor de terra na Brava está sendo sentido constantemente desde final do mês de Outubro, contudo, esta quinta-feira, por volta das 15:00 a ilha voltou a tremer, com um pouco mais de intensidade, e a população acredita ser semelhante à actividade sísmica que aconteceu no dia 30 de Outubro, que, segundo a escala de Richter, a magnitude foi de 4,8.
Nas escolas, a Inforpress constatou que os alunos e os professores saíram da sala de aula e reuniram todos no pátio, a céu aberto, e que algumas crianças choravam por causa do susto, causado pelo tremor.
Em declarações à Inforpress, Maria Gomes de 68 anos, nascida e criada no concelho, salientou que desde criança sempre sentiu tremores de terra na ilha Brava, mas disse estar “apavorada” com os abalos sísmicos que têm estado a ficar frequentes nesses últimos dias.
“Dizem que estamos acostumados com este fenómeno, mas é apavorante sentir a terra tremer e ficarmos impotente diante desta situação, sem saber o que fazer. De facto, desde pequena estou acostumada a sentir a terra a tremer, mas não com tanta frequência como nos últimos dias, e nem com tamanha intensidade”, comentou.
Tendo em conta este fenómeno que tem estado a ser frequente na ilha, Maria Gomes apelou à sinceridade das autoridades competentes na divulgação das informações em relação às réplicas de abalo sísmico.
“Queremos saber o que realmente está a acontecer, será que ninguém pode nos informar com sinceridade o que está a passar com a nossa Brava?”, questionou, afirmando que isto não é normal.
Por sua vez, António Andrade, também residente da ilha, manifestou a mesma opinião e realçou que a população está a ficar “preocupada” com os frequentes tremores de terra.
“Nós estamos preocupados e com medo das réplicas do abalo sísmico que tem estado a acontecer todos os dias. O problema é que este fenómeno não tem hora nem dia para acontecer, pois nós é que temos que estar cientes e preparados para agir e nos proteger caso aconteça com intensidade”, frisou.
António Andrade finalizou apelando às autoridades competentes a serem verdadeiras na divulgação de informação, uma vez que se trata da segurança de toda a população bravense.
A Protecção Civil do concelho volta a apelar às pessoas para, sempre que houver um tremor de terra, se manterem fora das suas residências, num lugar aberto, para que possam proteger-se melhor e que caso houver alguma informação “pertinente” a população seja informada de imediato.
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