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Administrador da RTC sugere que se meta num saco todos os jornalistas que não prestam na empresa e deitar fora. Classe repudia e pede afastamento do gestor (com vídeo)

Declarações do Administrador da RTC, Carlos Reis, em sede da Comissão Especializada dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos, Segurança e Reforma do Estado, no passado dia 15 de Novembro, estão a gerar um mal-estar geral entre os profissionais da empresa. Na audição, o administrador sugeriu que se deitasse a RTC no chão e meter num saco todos os profissionais de onde se tiraria os que servem e que não servem.

Ao fim de três anos de mandato à frente da RTC, Radiotelevisão Caboverdiana, Carlos Reis procura a sua recondução como administrador, para dar continuidade ao trabalho numa empresa que, diz, cresceu nos últimos anos.

A situação financeira da empresa é conhecida e feito o preâmbulo, o mal-estar entre os profissionais surge no período de questões da audição, principalmente na forma como Carlos Reis aborda em sede do Parlamento cabo-verdiano questões sérias que, também, têm preocupado os próprios colaboradores da empresa, a começar pela fórmula que encontra para solucionar o alegado problema de excedente de pessoal.

A RTC não se compõe apenas por jornalistas, mas a pontaria esteve apontada para o desempenho do coletivo das Redações. Carlos Reis criticou a tentativa frustrada de implementação do Sistema de Avaliação de Desempenho que mereceu um abaixo assinado dos profissionais da empresa, mas também, em alguns termos e adjetivos, discorreu sobre a celeuma que se criou nos últimos tempos em torno do concurso para a direção da TCV, Televisão de Cabo Verde, acabou por não dar em nada.

O administrador estranha o que se passa com os profissionais da TCV a ponto de não se candidatarem, no último concurso, a nenhum cargo para a Direção. 

Por outro lado, o deputado Francisco Sanches, do MpD, para Santiago Norte, reconheceu o bom desempenho dos profissionais da RTC na cobertura da região, mas presumiu, que a culpa está do lado dos próprios recursos humanos da empresa, inclusive por frequentarem bares e cafés.

"A pergunta que não cala: a RTC terá mesmo o pior desempenho profissional em Cabo Verde ou, pela visibilidade inerente à sua missão, será um espelho das instituições estatais cabo-verdianas que não têm essa visibilidade?", questionam os funcionários.

Fonte: rtc.cv

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