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Todas as cidades de Cabo Verde vão ser requalificadas em 2018
Sociedade

Todas as cidades de Cabo Verde vão ser requalificadas em 2018

São ver investidos cerca de dois milhões de contos na requalificação de todas as cidades em Cabo Verde em 2018. O Fundo do Turismo é que vai suportar estes encargos, anunciou hoje o primeiro-ministro, em Santo Antão.

Ulisses Correia e Silva, que iniciou hoje uma visita de dois dias a Santo Antão, a segunda em cerca de um mês, explicou que o “forte investimento” que o seu executivo pretende fazer na requalificação urbana visa dotar as cidades no país de qualidade ambiental, que é necessária para o turismo e para as populações.

“Tomamos a decisão de aplicar uma grande parcela do fundo do turismo (50 %) para, em parceria com todos os municípios, fazermos um forte investimento na requalificação urbana em 2018”, sublinhou o chefe do Governo, para quem a aposta de Cabo Verde no turismo exige um alto nível ambiental e uma boa organização urbanística, além do ambiente de segurança.

O primeiro-ministro lamentou, por outro lado, o facto de Santo Antão estar a perder parte da sua população jovem, que é, a seu ver, “um recurso insubstituível e cada vez mais escasso”, mas anunciou que o Governo tem como prioridade para santo Antão a adopção de “um forte programa de desenvolvimento regional” visando transformar esta ilha “numa economia capaz de gerar emprego e rendimentos e de poder fixar as populações”.

“O Governo está a fazer uma grande aposta em Santo Antão. Vamos apostar no aeroporto para desencravar a economia da ilha”, disse Ulisses Correia e Silva, reiterando ainda a aposta do seu executivo nos transportes marítimos entre as ilhas do arquipélago para resolver o problema de escoamento dos produtos agrícolas de Santo Antão.

Um outro compromisso do Governo em relação a Santo Antão tem a ver com a formação profissional, tendo já assinado, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), com a Associação dos Municípios desta ilha um protocolo nesse domínio, “virado” para a realidade de Santo Antão.

“Os instrumentos estão, mais ou menos a ser colocados de pé (…) podemos conseguir tirar Santo Antão da depressão de crescimento”, notou Ulisses Correia e Silva.

Os autarcas de Santo Antão têm vindo a alertar o primeiro-ministro para a necessidade de o Governo, em parceria com as autarquias, desenvolver políticas que impeçam esta ilha de continuar a perder a sua população.

Admitem que o desemprego e a pobreza que afectam Santo Antão faz com que esta ilha esteja a perder “parte importante” da sua população, uma situação que os autarcas consideram “dramática”.

A ilha perdeu em dez anos (entre 2000 e 2010) cerca de quatro mil pessoas, correspondentes a sete por cento (%) da sua população, facto que, segundo os autarcas, resulta de “más políticas” de desenvolvimento de que a ilha tem sido alvo, ao longo dos anos.

A manter-se essa tendência, “o futuro de Santo Antão está comprometido”, segundo os responsáveis municipais, avisando que, até 2030, a ilha pode perder mais dez mil pessoas.

Entretanto, durante um encontro esta quarta-feira com as forças vivas em Ribeira das Patas, zona que conta com cerca de três mil habitantes, Ulisses Correia e Silva anunciou também que o Governo vai mobilizar 150 mil contos para a construção do centro de saúde local.

Nesse mesmo encontro, em que foram analisados os desafios para essa vila que, além do centro de saúde, aflorou-se ainda a necessidade de elaboração do plano urbanístico desta urbe, criação no local de um posto policial e de outros serviços públicos.

“O Governo vai mobilizar o financiando para o centro de saúde da Ribeira das Patas. Podemos garantir que vamos, através do Orçamento do Estado ou de financiamento externo, mobilizar o financiamento para essa infraestrutura”, afiançou o chefe do executivo que, ainda em Ribeira das Patas, presenciou a apresentação do projecto de abastecimento de água domiciliária às zonas de Círio e Curral das Vacas.

Inforpress

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