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Sal. População sai em manifestação de rua para exigir mais segurança
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Sal. População sai em manifestação de rua para exigir mais segurança

A ilha do Sal está com medo. E a população vai sair à rua no dia 26 de Abril, a partir das 17 horas, para exigir mais segurança na ilha. É a Manifestação Sal - 1720 - , que faz referência ao ano em que a ilha começou a ser povoada. A ideia, segundo Neusa Gonçalves, é externalizar o sentimento popular do Sal no sentido de se resgatar a paz e a tranquilidade que outrora se vivia na ilha.

"A população está com medo e esta situação já mexe com toda a estrutura social e económica da ilha. A onda de assaltos nas ruas e nas habitações tornou-se insuportável e se não se tomar medidas urgentes, estamos a correr o risco de derrubar a mais importante estrututura económica da ilha que, é o turismo", explica Neusa Gonçalves em conversa com Santiago Magazine.

A Manifstação Sal - 1720 - surgiu assim "para fazer face à crescente onda de crimes, assalto, roubos, violência, que vem assolando a ilha, e que tem gerado um clima de insegurança e sentimento de impunidade no seio dos habitantes, com impactos negativos no sector do turismo", lê-se na nota de imprensa que este diário digital recebeu. 

A situação, regista a referida nota de imprensa, está a pôr "em causa a ilha enquanto destino turístico", pelo "urge uma acção da população e de todos os agentes locais".

Neste momento, ilha está afectada a 100 por cento, segundo as palavras de Gonçalves, porque, sendo Sal uma ilha turística "se esta situação não for controlada podemos perder o turismo, e logo, o trabalho".

"O medo já tomou conta das pessoas. Aqui trabalha-se nos hotéis, com horários diversos, à noite, madrugada, e as mulheres estão com medo. Os maridos estão obrigados a acompanhar as esposas para ir apanhar transporte. É uma complicação", observa a interlocutora de Santiago Magazine.  

Na verdadee, nas últimas semanas, o Sal tem sido vítima de vários assaltos e crimes contra pessoas, situação que terá levado o ex-comandante da Região, Elias Silva, a afirmar que "as leis cabo-verdianas são amigas de armas".

Esta afirmação de Silva não caiu bem no seio das autoridades nacionais, tendo o ministro, Paulo Rocha, afirmado que "policiais não criticam justiça". Neste momento, Elias Silva está a enfrentar um processo disciplinar e foi demitido do cargo.

Neusa Gonçalves afirma que a população do Sal ficou revoltada com a demissão de Elias Silva. "É sentimento geral que ele estava a fazer um bom trabalho na ilha", diz, para acrescentar que "é de facto revoltante ver criminosos sendo libertados nos tribunais porque a lei assim permite".

Entretanto, Gonçalves assegura que, embora a "ilha esteja a 100 por cento com o ex-comandate Elias Silva, esta manifestação persegue outros objectivos, que é chamar a atenção das autoridades locais e nacionais para a situação que se vive na ilha, apelando para a necessidade de uma acção urgente de prevenção e adequação de medidas de combate ao crime".

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Redação