O presidente da Câmara Municipal da Praia (CMP), Óscar Santos, quer que o Governo apoie a autarquia na conclusão das obras de drenagem no bairro da Várzea que estão orçamentadas em cerca de 90 mil contos.
Segundo o autarca, que falava hoje à imprensa durante uma visita realizada aos bairros considerados zonas de risco e principais focos de mosquitos da Cidade da Praia, em companhia dos ministros da Saúde e Segurança Social, Arlindo do Rosário, e da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, disse que a câmara dispõe neste momento, o montante que dá para cobrir somente 20% dos trabalhos necessários.
“Iniciamos um trabalho de drenagem que é muito importante e estruturante para a Cidade da Praia, orçado em cerca de 90 mil contos – porque neste sítio na Várzea foi um foco do paludismo -, com duas intervenções: primeira a limpeza urbana, que é mais simples de se fazer, e a outra, que é mais estruturante e que tem a ver com as obras de requalificação urbana e drenagem de água”, explicou.
Tendo em conta que o município não dispõe da totalidade do montante necessário, Óscar Santos acredita que o Governo, face ao desafio que a autarquia tem pela frente, “possa fazer um esforço para ajudar nesse sentido”, indicando a necessidade de terminar em 2018, o projecto que inclui toda a zona ao redor do Auditório e Biblioteca Nacional, atrás do Estádio da Várzea, que vai até as proximidades do Motcha.
“Nesta cidade, temos um problema de drenagem, atendendo que praticamente todo o lado há obras de drenagem a serem feitas. Se quisermos ter uma cidade competitiva e aberta ao mundo, temos de fazer o nosso trabalho de casa, ou seja, resolver o problema de drenagem que terá um impacto importante para a saúde pública e permitir-nos mais capacidade de atrair o turismo”, considerou.
Por sua vez, o ministro da Saúde lembrou que há cerca de seis meses, o país esteve em plena epidemia do paludismo, e a zona da Várzea foi identificada como um dos principais focos dessa doença, razão por que entende que o trabalho que está a ser feito “é estruturante”, merecendo por isso todo o apoio do Governo neste sentido.
“Se continuarmos a trabalhar, agindo a montante, no saneamento, melhorando as condições, evitando possibilidades de termos viveiros, podemos controlar as epidemias, sobretudo de transmissão vetorial”, disse o ministro, realçando que a avaliação do trabalho feito até ao momento é “muito positiva”.
Para o ministro do Ambiente, Gilberto Silva, as drenagens de águas pluviais constituem uma necessidade “muito grande” na Cidade da Praia, com “impacto enorme” na saúde pública, mas também no ordenamento urbano e ambiental, porque é uma cidade que ainda vai precisar de mais de 1.500 mil contos para se estruturar em termos de drenagem de águas pluviais.
“Já se fez muito, mas ainda há bastante para se fazer”, defendeu, lembrando que o Governo e a CMP celebraram em 2017 um protocolo para que o Ministério da Agricultura e Ambiente pudesse apoiar essas obras, algo que constata com satisfação, estando ciente que será necessário que, conjuntamente, se mobilize recursos para continuar com o ordenamento urbano.
A visita de hoje, que integrou ainda uma equipa multissetorial de luta anti vetorial, estendeu-se também a outras zonas circundantes da Cidade da Praia, nomeadamente Praia Negra, Lém Ferreira e Fonton, sendo esta última, onde decorre uma obra de drenagem orçada em cerca de 3 milhões de euros, com conclusão prevista para Junho deste ano, é tida como o modelo que a autarquia quer implantar nas outras zonas da parte norte da cidade.
Com Inforpress
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