Umberto Eco teria afirmado que “as redes sociais deram voz aos idiotas”. E práticas do dia-a-dia têm vindo a confirmar a irrefutabilidade da afirmação do intelectual italiano. É uma verdade que, entre nós, se ajusta na perfeição à personalidade do deputado Emanuel Barbosa.
Numa procura confrangedora de likes, de fama, demarcação de espaços e com algum snobismo, o deputado ventoinha, através dum chorrilho de artigos no Santiago Magazine, conseguiu vomitar toda a pestilência do seu engulho e ódio, para atingir o antigo PM, José Maria Neves!
Nada, decerto, que nos possa causar qualquer tipo de estranheza. Nada que, por exemplo, não tivesse acontecido a Pedro Pires, depois do 13 de Janeiro de 1991. O Comandante Pedro Pires, estamos a recordar, pelo delito de ter lançado as bases que alicerçam a construção do Estado de Cabo Verde, pagou bem caro o preço da ousadia. Foi perseguido, vilipendiado, exposto à humilhação pública, acicatado para o ostracismo, para deleite dos “pais da democracia”.
Outra verdade também: o Comandante não se vergou. Com tenacidade, soube aprender com as agruras, aguentou, se fortaleceu e VENCEU!
Mas, neste momento, a vítima é o ‘Zé de Pedra Barro’, nas calinadas birrentas do deputado sandeu. E que não vai ter a vida fácil pois, penso que, ponderando a sugestão avisada de Olavo Correia, JMN não deverá entrar na “briga com os porcos porque…”. O urubu pode até ser - 26 anos depois – outro, mas a sede rapace de vingança e de humilhação essa, continua intacta, mas com requinte superior.
Mas vejamos o curioso desse deputado da Nação: ele é indiferente a agiotagem da prima do primeiro-ministro, a F. von Zeipel que brindou o País com o maior e mais polêmico escândalo de Manuais Escolares; é frio ao cenário do mau ano agrícola; é insensível à epidemia da malária que assola a Praia e o país; é surdo aos gritos das vitimas de assaltos e sequestros a casos mais recentes de turistas, bancários e de Padre; é cego a Kasu-bodys e demais crimes perpetrados mesmo por Agentes da Policia Nacional; é mudo face a subida de preços de luz, água, gaz e ao drama das ligações aéreas e marítimas e é estrábico a vergonhosa Emipedização da Administração Pública, mas, aparece contudo, todo parolo a atacar as obras marcantes deixadas por JMN.
É um exercício esquisito, muito difícil de se compreender. Trata-se duma disfuncionalidade intelectual que só se justifica a quem padece de distúrbio de carácter, no caso o deputado.
Porque, podemos até não gostar, mas essa herança em desdém, são Obras muito marcantes, tangíveis e tão solidas, que projetam o País para o futuro e imortalizam o nome de JMN.
Pelo arroto que provoca, nem vale a pena falar de estradas, barragens, aeroportos e portos, ou seja, da infraestruturação para a modernização do País. Pode-se falar também que a nivel da Diplomacia a Obra deixada é aliciante e contribui de forma decisiva para o respeito e a credibilidade de Cabo Verde junto dos seus Parceiros mais exigentes.
São paradigmáticos os casos de Acordo de Estatuto Especial com a UE; o Reforço da cooperação com a nossa Sub-região; A Concordata assinada com o Estado da Santa Sé.
São mesmo muitas as pedras lançadas desde a independência. E sobre estas pedras o Governo, qualquer que seja, continuará a edificar um Cabo Verde cada vez mais próspero.
Há, contudo, verdades irrefutáveis:
É que JMN não fez TUDO!
E nem TUDO o que JMN fez, foi 100% perfeito!
Mas, não há reparos que possam tirar o brilho do TUDO o que JMN fez!
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