Nelson Centeio explica demissões no PAICV em Santiago Sul
Política

Nelson Centeio explica demissões no PAICV em Santiago Sul

Exmo. Senhor Director

 Jornal Online Santiago Magazine

 Praia, 04 / 07 / 2017

Nelson Centeio, Presidente da Comissão Política Regional de Santiago Sul, vem nos termos dos artigos 18º e 19º da Lei n.º 70/VII/2010, de 16 de Agosto, desmentir o comunicado intitulado  “PAICV”. Caiu a Comissão Política Regional de Santiago Sul , publicado, Sábado, 1 de Julho de 2017, pág.4, requerendo a publicação do presente desmentido com o mesmo destaque da anterior.

 1.    É falsa e enganosa a informação de que 13 dos 18 membros da Comissão Política Regional (CPR) de Santiago Sul, liderada por mim  tenham pedido demissão, pelas seguintes razões:

 I.        Nos termos dos n.nos 1 e 2 do artigo 71º dos Estatutos do PAICV, a Comissão política Regional é constituída  por 31 e não 18 membros e a Composição da CPRSS, é assim:

 a)    Pelo Presidente

 b)   Por dois Vice-presidentes

 c)    Por oito  Vogais

 d)   Por sete Primeiro-secretário dos Sectores da  Região.

 e)     3 Primeiros Presidentes Concelhios da JPAI dos Concelhos de São Domingos, Praia e Ribeira Grande de Santiago,

 f)      7 Representantes da Federação Nacional das Mulheres do PAICV em representação dos 7 sectores

 g)    3 Líderes dos grupos de representantes nas assembleias municipais de Praia, São Domingos Ribeira Grande de Santiago.

 2.    Dos 31 membros efectivos, foram seis os que se escusaram de continuar, razão porque nos termos dos Estatutos este órgão não perdeu nem perderia as condições de legalidade e legitimidade para funcionar.

3.    Alguns membros que assinaram a carta, estiveram sempre mais motivados para criar instabilidade do que para dar a colaboração que o Partido na capital merece e precisa com urgência. Foram enviados para instalar o caos na CPRSS e hoje temos provas documentais para o provar.

4.    Houve 7 supostos suplentes que também pediram demissão. Demissão essa claramente orquestrada, onde os pedidos chegam praticamente em simultâneo, tanto dos efetivos, como dos supostos  suplentes que ainda sequer entraram em substituição, que a maior parte nunca presenciou um encontro sequer e já demonstrando posições tão radicais que vão até ao pedido de demissão dentro dum órgão do partido.

5.    E o mais ridículo ainda é ver o pedido duma sentada que sequer se encontra em Cabo Verde, isso tudo é para mostrar quão espontâneo e de consciência e decisão livre estes pedidos foram precedidos.

6.    Desde a nossa posse e início dos trabalhos enquanto nova Direção da CPRSS, não temos podido trabalhar e cumprir uma agenda política mínima porque houve sempre interferências subversivas que levavam sempre a conflitos que consumiam muito tempo, recursos e paciência para serem geridos e sanados internamente. Inclusivamente,  alguns membros que assinaram a carta, estiveram sempre mais motivados para criar instabilidade do que para dar a colaboração que o Partido na capital merece e precisa com urgência. Foram enviados para instalar o caos na CPRSS e hoje temos provas documentais para o provar.

7.    Quanto à acusação de “instalar a anarquia na liderança do PAICV” ela não tem qualquer sustentação no plano dos factos e nem de qualquer acusação objectiva, o mesmo se podendo dizer sobre a queixa alegando comportamentos anárquicos e desrespeitosos aos regimentos e hierarquia do partido.

Quais foram esses comportamentos? Em que é que materializou a falta de respeito pelos regimentos e pela hierarquia partidária?

Nisso o comunicado  é vazio e só procura tirar conclusões vagas.

8.    Igualmente são enganosas as afirmações de que o Presidente da CPR tentou organizar eleições internas à revelia dos estatutos e das directrizes superiores  porque quem dirige o Partido na região é a CPRSS.

Em conclusão, estes diferendos internos relacionam-se com atitudes e medidas violadoras dos Estatutos e que tem o objectivo claro de esvaziar por via administrativa e hierárquica as competências políticas da CPR de Santiago Sul e o documento interno de denúncia de estratégias de boicote e bloqueio sistemático da CPRSS dá factos detalhados que provam tudo isso.

A minha vitória foi sempre mal digerida por alguns integrantes da actual Direção Nacional e pela própria Presidente do partido. Mesmo antes da minha eleição, ainda na fase da sondagem prévia da viabilidade da minha candidatura foi-me expressamente dito pela Presidente que eu não era bem-vindo.

É por isso que estamos e estaremos sempre interessados e abertos a um diálogo construtivo para sanear o PAICV de comportamentos que lesam todo um património político e uma relação com a sociedade que em grande parte se revê no PAICV.

Com verdade, com democracia, sem descaminhos, pressões ou ameaças de qualquer tipo e de quem quer que seja.

Muito obrigado