José Tomás Veiga. "TACV era uma empresa autónoma a nível operacional, técnico e financeiro"
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José Tomás Veiga. "TACV era uma empresa autónoma a nível operacional, técnico e financeiro"

O antigo ministro das Finanças José Tomás Veiga disse hoje que a transportadora aérea de Cabo Verde, TACV, era uma empresa autónoma a nível operacional, técnico, comercial e financeiro e que não dependia do recurso do estado.

A garantia foi dada aos jornalistas, no final da audição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a gestão da TACV, tendo adiantado que, durante o seu mandato, nunca solicitou ao Governo recursos adicionais porque na altura a transportadora nacional tinha as suas próprias receitas.

“A situação financeira da TACV era boa e a empresa era autónoma do ponto de vista técnico, comercial, operacional e financeiro não dependia de recursos do Estado, mas das suas receitas normais provenientes da sua actividade” revelou.

José Tomás Veiga, que foi ministro das Finanças de 1991 a 1993 e ministro da Coordenação Económica, 1993 a 1994, e que tinha a tutela da TACV, assegurou que durante o seu mandato nunca solicitou recursos adicionais ao Estado e que não tinham nenhuma intervenção directa na gestão da empresa.

“Na altura, a companhia comprou os dois ATR no sistema de leasing, embora havia duas possibilidades, a aquisição do ATR ou de um avião fokker de origem holandesa, e tendo em conta a questão financeira, operacional e técnica, a administração optou por comprar o ATR”, explicou, sublinhando que essa medida foi tomada pela equipa de gestão da empresa e teve o aval do seu ministério.

Para José Tomás Veiga, a ideia do “hub” aéreo na ilha do Sal parece “boa e desafiadora, não só pela dimensão, mas também pela sua implementação já que terá implicações e consequências”.

No entender deste antigo governante, essa medida é uma tentativa de sair e tirar a TACV do “autêntico buraco em que se encontra”, e uma forma de “tentar potenciar a posição geográfica de Cabo Verde”.

Em relação aos serviços domésticos, disse que o mais importante é assegurar que haja “transporte adequado, seguro e a preço razoável para toda a população cabo-verdiana” de modo que as pessoas possam circular livremente dentro do arquipélago e que os serviços prestados sejam adequados e responsabilizados pela companhia, quer seja a TACV ou outra.

Com Inforpress

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