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Situação em Gaza é pior do que o apartheid - diz neto de Mandela

“Os palestinianos estão a viver uma forma de apartheid muito pior do que o que alguma vez vivemos” – as palavras são de Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, que se juntou, a partir da Tunisina, à “Flotilha Humanitária” (com participantes de 44 nacionalidades, incluindo ativistas, médicos e figuras conhecidas do meio artístico) que vai tentar quebrar, por via marítima, o cerco à Faixa de Gaza.

O neto (na foto, à direita) do homem que liderou a luta contra o sistema de segregação racial na África do Sul comentava a situação de genocídio promovido pelo exército israelita em Gaza, com a morte de famílias inteiras na maior cidade do enclave palestiniano.

“Há famílias inteiras mortas”, referem residente que, desde há vários meses, tentam escapar aos intensos bombardeamentos. Só na última quinta-feira, 04, autoridades locais avançam que os ataques israelitas provocaram cerca de 30 mortos, num universo em que já faleceram mais de 60 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.

A título de exemplo, “no ataque que devastou um edifício, uma palestiniana perdeu o genro, a filha grávida de sete meses e dois dos três netos”. É mais um relato impressionante sobre a violência da ofensiva israelita.

A incursão do exército de Israel na cidade de Gaza, que o governo de Benjamin Netanyahu considera o último bastião do Hamas, está a ser acompanhada por forte contestação interna e global. E os números falam por si, já que 83% dos mortos são civis.

Familiares de reféns do Hamas exigem fim da ofensiva israelita

Para além da cada vez mais generalizada contestação internacional contra o genocídio na Faixa de Gaza, esta alastrou à própria opinião pública israelita, que exige o fim da ofensiva e com familiares dos reféns a exigir, de igual modo, que o governo de Telavive aceite o acordo que já foi aprovado pelo Hamas, onde se prevê um cessar-fogo inicial de dois meses.