
Maior rendimento e riqueza mundial está nas mãos de 10 porcento (%) da população e, destes, apenas os 0,001% mais ricos, cerca de 56 mil bilionários e multimilionários, detêm agora mais de 6% da riqueza mundial, mais do triplo do que a metade da população mais pobre. Os dados são do Relatório da Desigualdade Mundial para 2026, lançado ontem.
Lançado esta quarta-feira, 10, a edição para 2026 do Relatório da Desigualdade Mundial, publicado desde 2018 e reunindo contributos de 200 investigadores de todo o mundo associados ao Laboratório da Desigualdade Mundial, dá um cenário preocupante da desigualdade mundial.
Esta última edição do relatório “explora novas dimensões da desigualdade que definem o século XXI: clima e riqueza, disparidades de género, acesso desigual ao capital humano, as assimetrias do sistema financeiro global e as divisões territoriais que estão a redefinir a política democrática.
Em conjunto, estes temas revelam que a desigualdade hoje não se limita ao rendimento ou à riqueza; ela afeta todos os domínios da vida económica e social”, pode ler-se na apresentação do relatório.
Uma pequena minoria detém um poder financeiro sem precedentes
O facto mais evidente é que a desigualdade se mantém em níveis muito elevados, com os 10% da população mundial mais ricos a deterem mais rendimento e riqueza que o conjunto dos restantes 90%. Dividindo a população ao meio em termos de rendimento e riqueza em 2025, a metade mais pobre detém apenas 8% do rendimento global e 2% da riqueza, enquanto os 10% mais ricos concentram 53% do rendimento e 75% da riqueza global.
O retrato da desigualdade extrema fica mais completo tendo em conta apenas os 0,001% mais ricos, cerca de 56 mil bilionários e multimilionários, que detêm agora mais de 6% da riqueza mundial, ou seja, mais do triplo do que a metade da população mais pobre. Uma concentração que se tem vindo a acelerar nas últimas décadas. “O resultado é um mundo em que uma pequena minoria detém um poder financeiro sem precedentes, enquanto milhares de milhões continuam excluídos até mesmo da estabilidade económica básica”, pode ler-se, ainda, no relatório.
C/Esquerda
Foto: Captura de imagem/Facebook
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