Isolado pelos vizinhos do Golfo há já uma semana, o Qatar já está a sentir as consequências da crise política em ascensão.
Mais de 300 toneladas de frutas e legumes foram enviadas ao Qatar pelo Irão, para fazer face à ruptura de stock que o país está a enfrentar depois que vieram a público acusações (negadas por Qatar) de favorecimento ao terrorismo e suporte à irmandade muçulamana. Receosos das repercussões negativas que essa revelação traria para a região, os restantes países do Golfo puseram em marcha uma estratégia de isolamento do Qatar.
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egipto, assim como Líbia, Yémen e as Maldivas cortaram relações com o Qatar, retirando os respectivos embaixadores e fechando o espaço aéreo e as fronteiras terrestres. A medida impede a entrada de bens, entre os quais produtos alimentícios, no país, além de obrigar os voos comerciais do Qatar a traçar novas rotas. Cidadãos do Qatar a viver na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein receberam também ordens para abandonar o país.
A crise terá também impacto na preparação do mundial de 2022, com a paralisação das obras devido ao impedimento de entrada de materiais, em consequência do encerramento da fronteira com a Arábia Saudita. Entretanto, passado o pânico inicial, as obras continuam normalmente.
A crise já motivou reacções um pouco por todo o mundo, que teme-se uma escalada da violência na região.
Alemanha, Turquia e Estados Unidos da América estão entre os países que já apelaram ao entendimento.
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