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Catalunha prossegue para o referendo apesar da suspensão do TC espanhol
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Catalunha prossegue para o referendo apesar da suspensão do TC espanhol

O Governo Regional da Catalunha afirma que vai prosseguir com o referendo independentista, mesmo depois de o Tribunal Constitucional (TC) Espanhol ter suspendido o decreto-lei.

Depois do Parlamento da Catalunha ter aprovado quarta-feira, 6, o decreto que marca o referendo para independência da Catalunha para 1 de Outubro, o TC espanhol suspendeu o mesmo decreto quinta-feira, 7 de Setembro.

O governo central espanhol defende que o projecto de lei fere a integridade do Estado. Este braço de ferro entre o poder central e regional já dura há alguns anos e o número de catalães favoráveis à independência tem aumentado.

Em declarações ao diário espanhol, El País, o porta-voz do governo catalão disse que até a manhã desta sexta-feira, 8, não tinham recebido nenhuma notificação de Madrid.

Os procedimentos para organizar o referendo seguem normalmente. Já está no ar um website que oferece informações detalhadas, já foi lançada a campanha institucional e já se deu início ao processo para a acreditação de observadores internacionais.

Também já foram abertos os prazos para selecção dos integrantes das mesas de voto, bem como para os trâmites necessários para votação dos catalães que vivem no estrangeiro.

As consequências de uma ruptura

O anúncio do referendo já está a causar reacções não só em Espanha mas também entre os estados-membros e a própria Comissão Europeia.

A concretizar-se, esta separação traria importantes consequências económicas e políticas para a Espanha, uma vez que a Catalunha é responsável por cerca de 20% do PIB espanhol.

Várias análises apontam que uma Catalunha independente seria um estado viável, com o tamanho da Bélgica, uma população equivalente à Suíça e um PIB equivalente ao da Noruega.

Contudo, a longo prazo, esta separação poderia resultar num isolamento económico e empobrecimento local.

A separação obrigaria também a várias mudanças económicas no que diz respeito à pertença à zona euro e sem acesso aos fundos europeus.

Considerações que não parecem esfriar a determinação do governo regional, que prossegue firme no intento de uma Catalunha independente.

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SOBRE O AUTOR

Karina Moreira