O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que o Governo conseguiu uma “boa solução” para os transportes marítimos inter-ilhas que irá permitir regularidade, previsibilidade, qualidade e segurança, bem como a unificação do mercado nacional.
O governante fez essas considerações quando falava hoje no acto de assinatura do contrato de concessão do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga inter-ilhas, realizado hoje, na Cidade da Praia, entre o Governo e armadora Transinsular.
“Conseguimos uma boa solução”, afirmou o chefe do Executivo agradecendo, em seguida, todos os armadores nacionais que “acreditaram neste processo e vão fazer parte desta solução que vai mudar Cabo Verde”, realçou.
Entretanto, o primeiro-ministro avançou ainda na ocasião que, com a implementação do Serviço Público de Transporte Marítimo Inter-ilhas, está-se a concretizar um processo de reforma e “não é uma mera gestão de continuidade”.
“O que está a ser construído tem impactos que serão evidentes e fortes”, referiu Ulisses Correia e Silva, citando a título de exemplo a disponibilização de ligações marítimas inter-ilhas, “em condições de regularidade, previsibilidade, qualidade e segurança”.
Avançou, por outro lado que, com a solução encontrada, vai se permitir às pessoas, aos empresários e produtores programarem as suas viagens e produções, porque saberão quando tiverem que viajar, quando tiverem que escoar os seus produtos porque sabem com antecedência o dia de viagem, a frequência das viagens em que horário o poderão fazer.
“A previsibilidade aqui é fundamental porque quem produz e quer fazer o seu produto chegar ao mercado, não pode estar com níveis de incertezas como nós temos hoje, e é isso que terá que se alterar de uma forma substancial”, enfatizou, sublinhando que este novo modelo irá permitir a unificação do mercado nacional e fazer com que se possa, a partir de qualquer uma das ilhas, “fornecer bens para mercados turísticos que já estão com nível de consumo mais elevado como o Sal e a Boa Vista.
“O que estamos a fazer aqui não é só introduzir mais barcos. O foco não é nos barcos, mas sim nos serviços e naquilo que se altera de uma forma substancial relativamente à integração do mercado e qualidade e a criação de oportunidades para que a produção nacional possa aumentar e chegar aos mercados”, reforçou.
Ulisses Correia e Silva falou ainda na facilidade com que as pessoas passam a ter para se deslocar entre ilhas e ainda na complementação das ofertas de transportes marítimos com os transportes aéreos.
É que, conforme disse, quanto mais possibilidade de escolhas, alternativas, conexões e interligações houver melhor.
Com Inforpress
Comentários