Resultados do Indicador de Confiança no Consumidor, do Instituto Nacional de Estatística, indicam que no 1º trimestre de 2025, esse índice teve uma evolução negativa quando comparado com os primeiros três meses de 2024 . O referido indicador, reporta o INE, continuou com a mesma tendência descendente observada no 4º trimestre de 2024, ou seja, evoluiu negativamente, situando-se abaixo da média da série, realçando uma ligeira diminuição na confiança das famílias Cabo-verdianas.
De acordo com a pesquisa de opinião do INE, é percepção das famílias inquiridas que nos últimos 12 meses a situação económica do seu lar evoluiu positivamente, mas são do entendimento que a situação económica do país evoluiu negativamente, relativamente ao trimestre homólogo. Para os inquiridos, nos últimos 12 meses, tanto os preços como o desemprego diminuíram, relativamente ao mesmo período do ano 2024.
Entretanto, quanto ao item poupança, “a maior parte (64,6%) dos inquiridos no 1º trimestre de 2025, considerou que a atual situação económica do país não permite poupar dinheiro”. Nos primeiros três meses do ano passado, esse percentual foi de 88,1%, o que representa um decréscimo de 23,5 pontos percentuais entre os dois períodos. “De realçar que 10,5% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 9,3%, apresentando um aumento de 1,2 pontos percentuais”, esclarece o INE.
O relatório sobre o Indicador de Confiança no Consumidor revela ainda que, do ponto de vista dos cabo-verdianos inquiridos nessa pesquisa, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir negativamente nos próximos 12 meses, face ao trimestre homólogo. Entretanto, acreditam que tanto os preços dos bens e serviços como o desemprego deverão diminuir, em relação ao trimestre anterior.
Cerca de 84,0 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta de que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos (contra 94,3% no período homólogo), representando um decréscimo de 10,3 pontos percentuais.
No 1º trimestre de 2025, 18,2% dos inquiridos afirmaram que “provavelmente sim”, irão construir ou comprar uma casa (contra 6,3% no período homólogo), representando um aumento de 11,9 pontos percentuais quando comparado com o primeiro trimestre de 2024.
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