Binter adopta nova tarifa imposta pela AAC. Uma no cravo outra na ferradura!
Economia

Binter adopta nova tarifa imposta pela AAC. Uma no cravo outra na ferradura!

Em nota oficial, assinada pelo director-geral, Luís Quinta, a Binter Cabo Verde afirma alinhar o preço dos bilhetes à tarifa máxima estabelecida pela Agência de Aviação Civil (AAC). Em contrapartida, acaba com o Bintaço e as tarifas comerciais e promocionais. A empresa ´dá uma no cravo e outra na ferradura! 

Melhor. A Binter dá com uma mão e toma com as duas. Não fosse a referida nota, poder-se-ia, com certa legitimidade, pensar-se que se trata de uma brincadeira de mau gosto, ou de um artigo sensacionalista. Mas não! Luís Quinta escreve e assina, que “de agora em diante quando estiver a comprar um bilhete da Binter Cabo Verde, notará que as novas tarifas máximas já estão disponíveis, mas também notará que um grande número de tarifas económicas e promocionais deixaram de existir”, avisando ainda que o Bintaço também desapareceu, embora quem tenha já adquirido o bilhete pode fazer uso normalmente.

Numa carta um pouco longa, a Binter Cabo Verde faz questão de lembrar que foi convidada, em 2012, pelo governo de então, a operar no mercado aéreo inter-ilhas, “face a dramática situação financeira que naquela época a TACV atravessava”, acrescentando que que tem uma longa experiência de quase 30 anos, “aplicando os mais altos critérios de segurança, regularidade e pontualidade que estão entre os melhores do mundo”.

A companhia, assegura o seu director geral, sabia das dificuldades que iria enfrentar na substituição da TACV, tendo em atenção o carinho que os cabo-verdianos nutrem pela sua companhia de bandeira. Mas, ainda assim, os donos da empresa aceitaram entrar no negócio, porque este parecia atraente, tendo em atenção “a promessa do governo de que o quadro regulamentar comercial não seria alterado; seria antes melhorado no sentido de uma melhor liberalização do marcado”.

Por outro lado, escreve Quinta, ficou a promessa de que “não seriam atribuídos subsídios públicos a empresas que podiam competir com a Binter”, para além de o comprometimento de que "eventuais condições que colocariam em risco um retorno razoável para o operador ou operadores no mercado inter-ilhas de Cabo Verde não seriam adoptadas”.

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