Rui Semedo é novo líder do Grupo Parlamentar do PAICV
Política

Rui Semedo é novo líder do Grupo Parlamentar do PAICV

Veterano da política e temido pelos seus adversários, interno e externo, Rui Semedo é o novo líder do Grupo Parlamentar do PAICV, ao vencer o deputado pelo círculo eleitoral de Santiago Norte, José Sanches, por 16 votos contra 13.

O antigo ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares, Rui Semedo, vai aguentar a bancada do maior partido da oposição, até ao final da presente legislatura, que acontece em 2021.

Político experimentado, Rui Semedo é considerado um dos parlamentares mais experientes do maior partido da oposição, contando, desde o início desta corrida, com o apoio da presidente do Partido, Janira Hopffer Almada.

Contra o deputado, natural de São Miguel, terá pesado a sua colação ao chamado grupo de reflexão, comandado por Felisberto Vieira, Júlio Correia e Filomena Martins, que lhe terá valido alguma antipatia no seio dos parlamentares do PAICV.

Por outro lado, a retirada de Nuías Silva da corrida, nos últimos momentos, acabou de algum modo por favorecer a candidatura de Rui Semedo, ditando assim o destino de Sanches, que a partir deste momento terá que fazer contas à vida, uma vez que o seu futuro político saiu bastante beliscado desta aventura.

Quem, neste momento, estará certamente esfregando as mãos de contentamento, é a líder Janira Hopffer Almada. É que com esta derrota de José Sanches, o fardo do grupo de reflexão parece que ficará esvaziado para sempre. Ou seja, Janira Hopffer Almada deixará, a partir de agora, de contar com as ameaças deste grupo que, diga-se de passagem, tem estado a lançar-lhe muitos pedregulhos pelo caminho.

Com efeito, a dupla Almada e Semedo, está, a partir de agora, com o caminho mais livre para executar o seu programa de oposição ao governo de Ulisses Correia e Silva, a braços com dificuldades de vária ordem, sobretudo em sectores estruturantes do processo de desenvolvimento, como os transportes, a regionalização, o desemprego jovem, entre outras falhas sistémicas como os concursos públicos viciados e uma justiça prequiçosa e incompetente.

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