Colunista

Há momentos que o caminho parece a se estreitar. Solos insípidos, estradas escorregadias e avalanches de entulhos, sopram com tenacidade. Continuar a prosseguir, confiantes que tudo vai mudar, é a melhor decisão. Reflexos que evidenciam necessidade de uma reflexão exaustiva e madura, que rota a seguir, que mudanças necessárias.

Quantas vezes permanecemos na mesma direção, achando que o caminho que estamos a percorrer é o único que nos leva ao porto seguro. Depois de uma análise fria e sem qualquer fixação doentia, descobrimos que a realidade é bem diferente.

O caminho trilhado era na verdade uma rota que nos ensinou que, ainda é preciso sonhar mais, acreditar, e nunca estagnar. Isto porque, tudo parecia "mar de rosas", o conforto, a aparente estabilidade, a estrutura, tudo a se encaixar num pacote bem ajustado. Sair dessa base estrutural, acreditar que novos tempos virão, se torna um exercício delicado.

A vida nos ensina que o desenvolvimento requer mudança, a mudança, o sacrifício, e o sacrifício, a coragem e a coragem, o caráter. Mudar de rota é necessário e crucial. Só saberemos o que está para além das cortinas, se ousarmos dar passos firmes, e cavar "novos poços".

O nosso desenvolvimento está relacionado com a nossa capacidade de saber a hora certa de trilharmos novos caminhos e novas rotas. O medo do desconhecido, a ansiedade, a necessidade de novas estratégias, são possíveis empecilhos no percurso desse processo.

Ousar e avançar, são posturas determinantes e valiosas para abraçamos novas oportunidades e novas vitórias. A vida é feita de mudanças, quanto mais conscientes estivermos, mais capacidade teremos para prosseguirmos. O importante, é nos livrar da teimosia destrutiva, do olhar míope perante a vida, reconstruindo novas rotas.

Ultrapassar os limites do apego, das fixações, das neuroses e da falta de lucidez, representam passos importantes na construção de novas rotas e obtenção de novas oportunidades.