Fascistinhas de serviço descobriram a pólvora…
Colunista

Fascistinhas de serviço descobriram a pólvora…

...esta gente é uma chusma de hipócritas. Quando, enquanto jornalista e cidadão, criticava os governos do PAICV, era o maior do mundo e usufrutuário dos maiores encómios, inclusive, do atual primeiro-ministro e dos dirigentes do MpD (e tenho tudo registado). Eu não mudei um milímetro nas minhas convicções (e eles sabem-no!). Mas, em boa verdade, eles também não mudaram quando chegaram ao poder: apenas se revelaram. Podem continuar a chafurdar, até podem inventar novas narrativas e, eventualmente, forjar documentos (esta gente é capaz de tudo), a minha determinação é muito clara.

Ciclicamente, os fascistinhas de serviço tentam condicionar a minha liberdade de opinião, repescando factos que ocorreram num passado longínquo, tentando apresentá-los como “grandes bombas” e dando a entender que descobriram a pólvora. Para que a trapaça tenha mais impacto, insinuam um passado oculto muito bem escondido pelo autor destas linhas…

Como dizia, por várias vezes seguiram essa estratégia convictos que poderiam criar-me algum prejuízo. Nunca o conseguiram nem vão conseguir!

Para tal - porque são uns canalhas! -, tentaram até pressionar os meus empregadores para me demitirem, mas tiveram azar: todos eles haviam sido, antes mesmo do início da minha prestação profissional, informados (por mim) sobre factos que ocorreram muitos anos atrás e recusaram-se sempre a ceder a pressões, por reconhecerem a minha competência profissional.

Ou seja, como já tive ocasião de escrever em janeiro de 2022, todas as entidades para as quais tenho trabalhado tiveram conhecimento prévio desse meu passado. Ao contrário dos canalhas fascistinhas que se escondem por detrás de um teclado, eu não me escondo e nunca andei a mendigar emprego – ao contrário de alguns dos meus detratores! Aliás, nunca pedi emprego, sempre fui convidado! E, muito menos, utilizei alguns relacionamentos bem posicionados para tirar vantagens…

O que os fascistinhas têm contra mim

Mais recentemente, ou seja, desde esta sexta-feira, dando-se ares de divulgadores de “verdades ocultas”, os fascistinhas de serviço começaram a divulgar: 1. Um despacho de constituição de arguido onde era acusado, juntamente com outra pessoa, do crime de difamação.

Trata-se de um processo, no qual vim a ser absolvido, referente ao caso de uma denúncia sobre a morte suspeita de um recluso no Estabelecimento Prisional de Lisboa. O outro arguido era, precisamente, o pai da vítima. Recordo que, na ocasião, a nossa tese foi sustentada por um parecer do eminente médico legista (e professor da Faculdade de Medicina do Porto) José Eduardo Pinto da Costa.

A denúncia foi protagonizada por mim em duas circunstâncias: 1. Na qualidade de secretário-geral da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED); 2. Na qualidade de jornalista.

Os fascistinhas de serviço reproduzem, também, uma notícia do jornal Público, referente a um processo onde fui constituído arguido, também por denúncia de violações de direitos humanos e onde, de igual modo, fui absolvido.

Quer num caso quer noutro, já me encontrava em liberdade!

Os fascistinhas reproduzem, para finalizar, um comunicado de solidariedade internacional à minha pessoa, numa altura em que me encontrava em cumprimento de pena, pela rede A-Infos.

Pelo que se vê, os fascistinhas não têm nada contra mim, porque o que agora vêm “denunciar” já por mim havia sido referido publicamente, num primeiro momento em Portugal, num momento seguinte em Cabo Verde!

Nunca escondi nada

Ao contrário do que dizem os fascistinhas, nunca escondi nada sobre o meu passado. Apenas se referem a factos que são públicos.

Os processos que levaram à minha prisão em Portugal remontam a 1991, ou seja, a 34 anos atrás. Processos, aliás, que os meus detratores desconhecem em absoluto!

Não vou entrar em pormenores sobre os casos judiciais, seria fastidioso e envolve várias pessoas com quem me cruzei e cuja imagem pretendo continuar a preservar.

Apenes direi que que assumi todas as minhas responsabilidades, cumpri uma pena de nove anos de prisão, em grande parte devido a inconformidades judiciais, tendo ainda pelo meio sido alvo de uma revanche absolutamente inadmissível, promovida por poderes sistémicos instalados que pretendiam manter-me nessa situação por muito mais tempo, por razão das minhas posições cívicas e da integridade com que sempre enfrentei as adversidades.

Entre o fim desse calvário e a minha vinda para Cabo Verde (2010), decorreram 11 anos. Nesse período escrevi em vários jornais, fui diretor de um deles, chefe de redação de um outro e coordenador editorial de duas revistas.

Foi, aliás, quando me encontrava nessas revistas que recebi um convite para vir a Cabo Verde (por gente ligada ao MpD), por um período de quatro meses, para cumprir funções na minha área profissional, tendo na ocasião solicitado uma licença sem vencimento.

Sobreveio uma circunstância que me fez passar a residir permanentemente em Cabo Verde: ter conhecido a mãe dos meus filhos, que hoje são a luz dos meus dias. Ou seja, não fiquei porque precisava de emprego, fiquei por amor a uma mulher e a um país – sentimento que os fascistinhas obviamente desconhecem!

Democratas de pacotilha

Os fascistinhas de serviço, que se apresentam como campeões da democracia e defensores do Estado de Direito democrático, desmascaram-se completamente na campanha insidiosa que promovem contra a minha pessoa e cujo primeiro momento ocorreu logo no início de 2019, quando comecei a criticar este governo.

Deitando por terra os princípios do Estado de Direito democrático, mormente no que se refere ao caráter ressocializador das penas privativas de liberdade, repescam processos com mais de trinta anos e cuja extinção ocorreu há mais de vinte. Está visto que, para esta gente, a conduta de uma pessoa é apenas avaliada por um momento infeliz da sua vida. Daqui até à defesa dos julgamentos sumários e da pena de morte é apenas um passo…

Ademais, extintas as penas, elas, inclusive, deixam de figurar nos registos criminais – um sinal civilizacional de que o ex-arguido/recluso tem liquidada a sua dívida com a Justiça e a sociedade.

O cidadão em questão vive em Cabo Verde há mais de 14 anos, com uma conduta social irrepreensível, tem companheira e filhos cabo-verdianos, paga os seus impostos e até tem direito a votar nas eleições autárquicas. Por qual razão se haveria de remeter ao silêncio?

Chusma de hipócritas

Ademais, esta gente é uma chusma de hipócritas. Quando, enquanto jornalista e cidadão, criticava os governos do PAICV, era o maior do mundo e usufrutuário dos maiores encómios, inclusive, do atual primeiro-ministro e dos dirigentes do MpD (e tenho tudo registado). Eu não mudei um milímetro nas minhas convicções (e eles sabem-no!). Mas, em boa verdade, eles também não mudaram quando chegaram ao poder: apenas se revelaram.

Podem continuar a chafurdar, até podem inventar novas narrativas e, eventualmente, forjar documentos (esta gente é capaz de tudo), a minha determinação é muito clara.

Sei quem eles são, escondem-se atrás de teclados e protegem-se sob a capa ilusória de poderes efémeros. E são, acima de tudo, covardes!

Não me condicionam, não me intimidam e não me calam!

 

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