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Utentes reclamam da falta de organização e mau atendimento na empresa VFS Global
Sociedade

Utentes reclamam da falta de organização e mau atendimento na empresa VFS Global

As pessoas que solicitam o visto, tanto para estudo como para trabalho em Portugal, manifestaram hoje os seus descontentamentos com aquilo que consideram ser falta de organização e mau atendimento por parte dos colaboradores da empresa VFS Global.

Em conversa com a Inforpress, o cidadão cabo-verdiano Carlos Moreno Lopes assegurou que tinha agendado a entrega dos documentos para pedido visto para Portugal na manhã desta quarta-feira, por isso chegou ao local onde se presta este serviço, no edifício do Praia Shopping, desde às 08 horas, e passando das 12 horas, ainda não fora atendido, salientando que a forma como as pessoas estão a ser atendidas espelha “falta de organização”.

Adiantou, por outro lado, que se denota uma falta de preparação, principalmente por parte da pessoa que presta as informações e o chamamento logo à entrada, o que tem indignado os utentes que procuram este serviço, ao ponto de criar um embaraço.

“Nós que chegamos desde cedo para o atendimento às 10 horas, estamos a ver as outras pessoas que chegaram muito mais tarde do que nós a serem chamadas, enquanto nós ficamos aqui sem saber se vamos ser atendidos hoje ou não. E para piorar as coisas o senhor que faz a chamada cria muita confusão, por isso a razão deste todo descontentamento, penso que seria melhor introduzirem as senhas”, sublinhou.

Carlos Moreno Lopes informou ainda que, das pessoas que foram chamadas para atendimento de manhã, apenas uma ainda tinha saído da sala, até o momento da nossa reportagem, motivo que o leva a acreditar que o serviço não está bem organizado, salientando que alguns vieram das outras ilhas e também do interior de Santiago e lhes foram informados que o serviço está a ser alterado e que devem regressar na quinta-feira.

Por seu lado, Elton Lopes Silva, que está à procura de visto para continuar os seus estudos em Portugal, expressou o seu descontentamento, afiançando que estão a solicitar informação junto da pessoa que presta este serviço logo à entrada, mas que a mesma tem demonstrando dificuldade na comunicação.

"O atendimento está péssimo, porque a alguns foram marcados o atendimento às 8 horas, mas só conseguiram entrar depois das 11 horas, e quando as pessoas lhe pedem informação aquele senhor que está na entrada ralha com as pessoas dizendo para que ninguém lhe pergunte nada, o que demonstra falta de respeito”, contou.

Para Elton Lopes Silva, os estudantes deveriam ter um atendimento diferenciado dos demais, informando que alguns colegas que vieram do interior da ilha de Santiago tiveram que regressar, porque lhes foram informados que, hoje, somente vai ser prestado o serviço de portaria e que devem regressar na quinta-feira, o que considerou desmotivador e falta de respeito.

Na mesma linha, a cidadã Bety Gonçalves expressou a sua indignação dizendo que na passada segunda-feira esteve no local desde 11 horas, para entregar os documentos da sua neta, assim como lhe foi marcado, mas que somente as 15:30 é que foi atendida e no balcão lhe foi informada de que naquele dia só era possível qualificar os documentos, porque estavam a fazer a manutenção no sistema e foi lhe remarcado para 02 de Setembro.

“Hoje vim para entregar os documentos da minha sobrinha e tinha sido marcado para às 10:30 horas, por isso vim às 9:30 e até agora 12:20, ainda estou à espera, porque nos foram informados de que, primeiro vão ser atendidas as pessoas que tinham marcado para às 10:00”, fez saber, adiantando que lhes foram informados de que vai ser feito novo agendamento para as pessoas que estavam agendadas para o horário que ela estava incluída.

“Depois é esta pessoa que está no atendimento, ele não reúne as condições para lidar com as pessoas, além do mais, pagamos 15 mil escudos para este serviço”, frisou, apontando que “este é um trabalho muito deficiente que temos em Cabo Verde e foi criado somente para extorquir o dinheiro do povo, e o pior disto é que estão a denegrir a imagem da Embaixada de Portugal em Cabo Verde”, concluiu.

A Inforpress tentou contactar a empresa, mas não foi possível.

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Comentários

  • Casimiro Centeio, 29 de Ago de 2024

    Somos o resultado das nossas escolhas e decisões. Não há que culpar ninguém.