Considerada por muitos um dos grandes obstáculos do processo de investigação criminal em Cabo Verde, a investigação forense vai ser objecto de um seminário de 13 a 15 de Dezembro, na cidade da Praia, organizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre a Driga e o Crime (ONUDC), subordinada ao tema “desenvolvimento de núcleos pilotos de investigação forense e reforço da rede de cooperação regional para uma luta eficaz contra a droga na África Ocidental”.
“O principal objetivo deste seminário é definir as modalidades de funcionamento dos núcleos-piloto permitindo que o ONUDC preste assistência técnica efetiva a toda a sub-região através das ações de treinamento e validação pelos estados membros do modelo relevante, cuja viabilidade será discutida e sua aceitabilidade aprovada”, escreve a nota de imprensa chegada à redacção de Santiago Magazine.
O evento conta reunir representantes dos laboratórios das policias científicas de Cabo Verde, Gana e Cote d’Ivoire, e pretende ser “um marco nos preparativos para a conferência forense regional na África Ocidental, que será realizada em 2018 e reunirá actores forenses, principais parceiros internacionais, países membros da CEDEAO e Mauritânia”.
Segundo a referida nota, a União Europeia financiou integralmente esta iniciativa e todo projecto “Apoio ao Plano de Acção Regional da CEDEAO sobre tráfico ilícito de drogas, crime organizado e abuso de drogas na África Ocidental".
O seminário reunirá um número limitado de colaboradores operacionais do Sector de Aplicação da Lei e provedores de serviços forenses de Gana, Cabo Verde e Cote d’Ivoire, além da especialista em área forense da UNODC Abuja, consultor forense do UNODC, da Polícia Portuguesa, e a Agência de Cooperação Alemã, GIZ, com quem o UNODC está cooperando na África Ocidental, especialmente na área de ciências forenses.
"O foco será no reforço da capacidade regional na análise de drogas e precursores, a gestão de cena do crime e conscientização forense", lê-se na referida nota de imprensa, para quem "o UNODC vem enfatizando novamente o interesse de poder recolher provas, detectar drogas e disponibilizar o uso de serviços de ciência forense de qualidade, para um sistema de justiça criminal efectivo e justo".
Neste contexto, a organização informa que "haverá um número limitado de apresentações e sessões plenárias para que uma grande parte do do seminário seja destinada as discussões e trocas de experiências", porque "o objectivo é promover um debate activo sobre temas abordados".
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