Há 250 professores cabo-verdianos sem salário, há dois meses, a maioria deles deslocados em ilhas afastadas das zonas de residência, disse à Lusa o presidente do Sindeo, Jorge Cardoso..
"São quase 250 professores que iniciaram funções este ano letivo” e só receberam salário durante três meses, de setembro a novembro, explicou o presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) de Cabo Verde, Jorge Cardoso.
Segundo o sindicalista, o Ministério da Educação justificou-se, referindo que o pagamento de salário após os três meses iniciais carece de visto do Tribunal de Contas, que ainda não foi atribuído.
"A maioria dos professores que foram contratados estão em ilhas que não são as de origem. Estão a passar por grandes dificuldades", lamentou, apelando ao ministro da Educação para que encontre uma “solução urgente”.
O dirigente sindical referiu que, além dos salários em atraso, os professores não têm cobertura do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS), que garante, por exemplo, acesso aos serviços de saúde.
Jorge Cardoso disse que o sindicato está a preparar formas de luta para maio e junho, caso não haja entendimentos com o Governo sobre divergências em aberto.
Há três meses, a maioria dos professores de Cabo Verde aderiu a uma greve de dois dias, do primeiro ao 12.º ano de escolaridade, por falta de acordo com o Governo sobre o reajuste salarial e outros pontos.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Educação e do Tribunal de Contas, mas não obteve respostas.
Comentários