O dia do professor cabo-verdiano, que hoje se celebra, ficou marcado por algumas marchas e concentrações de protesto, a par da ameaça do sindicato nacional de uma greve aos exames do secundário em maio e junho.
O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) de Cabo Verde disse hoje à Lusa estar surpreendido por não haver nenhum pedido no Tribunal de Contas para serem pagos salários em atraso a 250 professores, criticando o Ministério da Educação.
Há 250 professores cabo-verdianos sem salário, há dois meses, a maioria deles deslocados em ilhas afastadas das zonas de residência, disse à Lusa o presidente do Sindeo, Jorge Cardoso..
Já disse, já escrevi e vou continuar a escrever, o nosso drama com a Educação é o excessivo AMADORISMO na sua administração e não é por acaso que o Banco Mundial disse, no seu Relatório de 2019, que Cabo Verde tem gastos mais elevados do que países como Butão, Samoa ou Seychelles, mas estes alcançam melhores resultados educacionais.
O Presidente da República, José Maria Neves, no quadro do exercício do seu papel de “Ouvidor da República”, vai, no dia 04 de Dezembro, segunda-feira, receber os sindicatos representativos dos professores, designadamente o Sindep, o Siprofis e o Sindprof.
Os sindicatos dos professores cabo-verdianos rejeitaram o memorando de entendimento com o Governo para resolução de pendências e evitar uma greve de dois dias da classe marcada para a próxima semana.
O Ministério da Educação e os sindicatos dos professores voltam a reunir-se hoje para concluir as negociações quanto à tabela para nova grelha salarial, cuja proposta dos sindicatos é de 107.471 escudos, e o aumento salarial.