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Aviação Civil: Agência alerta para riscos da colisão de pássaros com aviões e pede colaboração de habitantes vizinhos
Sociedade

Aviação Civil: Agência alerta para riscos da colisão de pássaros com aviões e pede colaboração de habitantes vizinhos

A Agência de Aviação Civil alertou hoje para os riscos da colisão de pássaros com aviões e pede a participação alargada de actores, desde os habitantes da vizinhança dos aeroportos, passando pela comunidade aeronáutica e pelos decisores públicos.

De acordo com uma nota informativa emitida hoje pela Agência de Aviação Civil (AAC), a presença de pássaros nas imediações dos aeroportos constitui um “sério problema” de segurança aeronáutica, conquanto as implicações podem ser enormes para os operadores aéreos, aeroportuários, e não só.

“Em Cabo Verde, ocorrências notificadas pelas operadoras de transporte aéreo, desde 2019 até ao primeiro semestre de 2021, apontavam para o registo de 34 eventos envolvendo pássaros nos aeroportos e aeródromos do País, com particular incidência no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia. Desse total, 11 casos foram efetivamente de bird strike”, indicou.

Segundo a mesma fonte, a diminuição do impacto de pássaros com as aeronaves, envolve uma participação alargada de actores, desde os habitantes da vizinhança dos aeroportos, passando pela comunidade aeronáutica, e pelos decisores públicos.

“Os cidadãos em geral, e sobretudo aqueles que moram nas imediações dos aeroportos e aeródromos, podem contribuir para uma maior segurança da aviação civil se desenvolverem pequenas acções no seu dia-à-dia”, alertou.

Fazem parte das acções sugeridas pela AAC evitar criar animais em casa e terrenos próximos aos aeroportos e aeródromos, não fazer o pastoreio nas imediações e zonas de servidão aeroportuárias, e não deixar nem despejar o lixo ao ar livre evitando, deste modo, a proliferação de insectos e pássaros.

Com isto, realça o papel determinante do Ministério do Ambiente, das autarquias locais, das universidades e centros de pesquisa em contribuir para impedir acidentes que possam fazer vítimas, inclusive ceifar vidas humanas.

“São medidas que a somarem às tomadas por outros actores, e às das autoridades municipais e nacionais, ajudarão, seguramente, a minimizar os riscos associados a possíveis incidentes, e em casos mais graves a acidentes, provocados pela presença de aves nos aeroportos e imediações”, asseverou.

É que, segundo a mesma fonte, são reportados anualmente casos da presença de bandos de pássaros nos perímetros aeroportuários, situação que tem tendência a aumentar, dado a cada vez maior proximidade de habitações aos aeroportos.

“A presença de pássaros pode originar o ‘go around’, ou aproximações falhadas, e em casos mais críticos o chamado ‘bird strike’ ou impacto com aves. Trata-se de uma preocupação de todos aqueles que estejam ligados à aviação civil”, lê-se no comunicado.

A ingestão de pássaros pelas turbinas dos aviões, ou o impacto violento com as hélices e com outras superfícies das aeronaves, prossegue, provoca estragos enormes, com custos para as companhias aéreas, e em certos casos, sobretudo em motores à jato, pode levar à parada súbita dos mesmos, traduzindo em última instância, na perda imediata de altitude, e, em casos mais severos, em acidentes aéreos.

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