O vice-presidente da bancada parlamentar do MpD), Celso Ribeiro, deverá substituir Paulo Veiga nas funções de líder parlamentar caso vença as votações internas que deverão acontecer entre 01 e 05 de Outubro.
Em conferência de imprensa para esclarecer sobre as razões que o levaram à renúncia do mandato no passado dia 13 de Setembro, Paulo Veiga explicou que em jornada realizada pelo grupo, Celso Ribeiro obteve o apoio dos 31 dos 38 deputados.
“Como sabem, estamos na política e oito dias de diferença, não quero fazer o prognóstico, espero que tudo corra bem e o colega Celso seja o novo líder” pontuou, avançando que as eleições internas vão acontecer no mês de Outubro.
Sobre a decisão de abandonar o cargo às vésperas das eleições autárquicas, Paulo veiga esclareceu que vai continuar a exercer a função até a data, contudo realçou que o líder parlamentar de acordo com o estatuto do partido e o regimento interno do grupo parlamentar, é o responsável pela articulação que, no seu caso, não aconteceu.
Paulo Veiga avançou que tem feito o “trabalho com muita dificuldade” especialmente em relação aos membros do Governo, recordando que, em Outubro de 2023, os deputados chumbaram uma proposta de resolução para que o Estado celebrasse o centenário de Amílcar Cabral.
“Na nossa opinião, Amílcar Cabral é um herói nacional, pessoa importante para história de Cabo Verde, mas não o pai da nação cabo-verdiana, pois a nação tem 562 anos”, acentuou, frisando que a articulação com o Governo foi um dos pontos chaves para a demissão do cargo.
“O motivo da minha demissão é que nós tomamos um posicionamento e o Governo com toda legitimidade pode fazer o que fez, estamos a falar do 12º selo emitido em nome de Amílcar Cabral, mas deveria por respeito e articulação comunicar-me o que se passava, os acordos entre as instituições Correios de Cabo Verde e Correios de Portugal”, avançou.
Aliás, segundo Paulo Veiga, foi um acumular de falta de articulações, acrescentando que, neste momento, não tem as condições para continuar e “fingir que nada aconteceu” por ser o porta-voz do grupo e ter “dado a cara ao chumbo”.
“Isto é de um acumular de falta de articulações para comigo e talvez eu para com eles. Eu, antes de ser substituído, preferi pedir a minha demissão e dar a oportunidade do MpD, do partido, da Comissão Política Nacional escolher um novo líder para, talvez, melhorar esta articulação”, reiterou, destacando a solidariedade da direcção do grupo ao receber a demissão.
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