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"O futuro de Cabo Verde está no mar", defende ministro dos Negócios Estrangeiros
Política

"O futuro de Cabo Verde está no mar", defende ministro dos Negócios Estrangeiros

Luis Filipe Tavares afirma que a diplomacia cabo-verdiana terá de se especializar na chamada economia azul para que o país possa produzir a investigação científica e ajudar a encontrar soluções para os problemas de desenvolvimento. Por isso, defendeu, temos que nos virar para o mar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) considerou hoje, terça-feira, 5, que o futuro de Cabo Verde passa pela capacidade de gerir bem a economia azul e de tirar todo o proveito das enormes potencialidades que o mar oferece ao arquipélago.

Luís Filipe Tavares intervinha esta manhã na cerimónia de abertura da primeira edição das Jornadas Abertas – Desafios Contemporâneos do Direito Internacional Público, que acontece nos dias 5, 6 e 12 de Dezembro, na Cidade da Praia, tendo afirmado que o desafio de Cabo Verde é voltar-se para o mar.

“O futuro de Cabo Verde está seguramente na nossa capacidade de gerir bem aquilo que se chama economia azul tirar todo o proveito das enormes potencialidades que o mar apresenta ao nosso país”, precisou o ministro, que reconheceu que a diplomacia cabo-verdiana tem feito um “trabalho extraordinário” ao longo desses anos, mas, advoga, este é o momento de fazer a modernização e acompanhar o desenvolvimento do conhecimento científico das várias áreas do saber.

Sendo assim, defendeu que a diplomacia cabo-verdiana terá de se especializar em economia azul para que o país possa ser capaz de produzir a investigação científica e ajudar a encontrar soluções para os problemas do desenvolvimento, tendo assegurado que o Governo está a trabalhar numa estratégia de desenvolvimento da economia azul.

Na ocasião adiantou que, para os próximos anos, a União Europeia vai disponibilizar 35 bilhões de euros para projectos e programas na área da governança dos oceanos, e Cabo Verde tem participado activamente nos fóruns internacionais sobre esta matéria e está a trabalhar para beneficiar desses programas e projectos a nível do mar.

“A minha curta experiência diz-me que a diplomacia hoje é arte do fino trato. Mas é necessário e fundamental termos convicção muito fortes e sobretudo sermos hábeis na defesa dos interesses do nosso país, e se conseguirmos essa trilha com sucesso estaremos a dar um contributo importante para o desenvolvimento da nossa diplomacia e sobretudo do nosso país”, precisou.

Tendo em conta que se trata de um tema “muito importante” para o futuro de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares adiantou que o evento será institucionalizado e tornado num encontro de conversas e de reflexões sobre questões actuais da política externa.

Durante o encontro vão estar sobre a mesa temas como “O Mar de Cabo Verde e a extensão da Plataforma Continental”, “Temas e Desafios do Direito Internacional” e o “O Direito das Relações Económicas Internacionais”.

A primeira edição das Jornadas Abertas – Desafios Contemporâneos do Direito Internacional Público contou com a presença do Procurador Geral da República, representante do Chefe do Governo, da Presidência da República, das universidades, docentes e estudantes.

Promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comunidades (MNEC), em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJS), o evento visa debater temáticas e instrumentos relevantes para a diplomacia e a política externa no geral, envolvendo a academia, instituições públicas e o sector privado.

Com Inforpress

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