O Governo de Cabo Verde aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros (CM), a resolução que aprova as medidas de atenuação dos resultados do ano agrícola 2021/2022 e o respectivo orçamento no valor de 170 milhões de escudos, anunciou hoje o porta-voz do CM, Abraão Vicente.
Para a atenuação dos resultados da campanha agrícola 2021/22, avançou Abraão Vicente que o governo promove a implementação de medidas que contribuem para a manutenção da capacidade produtiva da pecuária, mormente através do fabrico, do reforço e comercialização dos alimentos para o gado e a optimização do efectivo dominante.
Nesta senda, o Governo irá promover a criação de empregos nos municípios mais afectados, sobretudo através da realização de obras públicas, duradouras, realizadas “de forma diferenciada” nos concelhos em função da situação resultante da avaliação final da campanha agrícola 2021/22”, frisou.
“As medidas atinentes as manutenções da capacidade produtiva da pecuária serão realizadas através do Ministério da Agricultura e Ambiente e, no que tange a criação de empregos para as famílias afectadas, as obras para o efeito serão definidas e executadas sob a responsabilidade dos municípios, mediante procedimentos administrativos habituais de desembolso e de prestação de contas evitando burocracias suplementares desnecessárias”, disse.
Abraão Vicente ressaltou que o ano agrícola “foi diferente” de acordo com as características do território, mas que, nesse momento, este decreto “é em antecipação” porque tudo leva a crer que não haverá mais chuva, temos já colheitas garantidas nas zonas mais húmidas, ditas normais, mas claramente teremos dificuldades.
“Comparado com verbas nos anos anteriores, estamos a falar de 170 mil contos cabo-verdianos que fica claramente muito inferior às verbas utilizadas nas grandes secas dos anos anteriores. Há que lembrar que houve ano em que aprovamos 500 mil contos, 600 mil contos”, esclareceu.
Trata-se, segundo Abrão Vicente, de uma verba para precaver e começar a intervir antes que haja situações de alguma dificuldade no terreno.
“A grande incidência desta medida vai para a criação de empregos públicos e o impedimento que as cabeças de gado das várias espécies percam nesse processo. Continuando a contribuir para a compra de alimentos para os animais de criação e fazendo com que de facto não se percam demasiados activos para os agricultores”, afirmou.
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